Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Como se preparar para uma emergência relacionada à IA

A crescente dependência de tecnologias de inteligência artificial (IA) nas sociedades modernas traz benefícios, mas também riscos significativos. Um cenário alarmante poderia ser acordar com a internet falhando, pagamentos por cartão recusados, ambulâncias se dirigindo ao endereço errado e transmissões de emergência que se tornam duvidosas. Uma crise provocada por IA, seja por mau funcionamento, uso criminoso ou um choque cibernético em expansão, pode se espalhar rapidamente entre fronteiras.

Reconhecendo os sinais de uma emergência com IA

No início, os sinais de uma emergência com IA podem se assemelhar a uma falha genérica de segurança ou a uma queda de sistema. Somente mais tarde, se é que haverá um reconhecimento, é que ficará claro que sistemas de IA desempenharam um papel crucial. Diante disso, é imprescindível que governos e empresas comecem a criar medidas de proteção para gerenciar os riscos associados a este tipo de emergência. Iniciativas como o Ato de IA da União Europeia e as diretrizes do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA visam prevenir danos e garantir uma resposta eficaz.

A importância dos planos de emergência

Além de estabelecer guardrails, a parte que falta na governança de IA é a preparação e a resposta adequada. Questões cruciais incluem: quem decide que um incidente com IA se torna uma emergência internacional? Quem se comunica com o público quando mensagens falsas inundam suas feeds? Como manter os canais abertos entre governos, caso as comunicações normais sejam comprometidas? A resposta a essas perguntas é urgente, pois previne o pânico social e a quebra de confiança durante uma crise que pode se intensificar rapidamente.

Estratégias para se preparar para uma emergência com IA

Para garantir uma resposta eficaz a uma emergência envolvendo IA, adotamos um modelo já visto anteriormente em outras áreas. Por exemplo, as Normas Internacionais de Saúde permitem que a Organização Mundial da Saúde declare uma emergência de saúde global e coordene ações. Da mesma forma, tratados sobre acidentes nucleares requerem notificações rápidas quando há risco de radiação. Essas lições mostram que, ao ter gatilhos pré-aprovados e canais de comunicação ágeis, é possível salvar tempo e vidas em momentos críticos.

Definindo uma emergência com IA

Um primeiro passo crucial é a definição compartilhada de uma emergência com IA, que deve ser um evento extraordinário causado pelo desenvolvimento ou mau funcionamento de sistemas de IA, que representa um sério risco de danos transfronteiriços. Essa definição deve incluir situações em que a participação da IA é apenas suspeitada, permitindo que os governos ajam antes de obter uma confirmação forense. Isso ajudará a evitar paralisia nas horas iniciais de uma crise.

Elaborando um manual de emergência

Um manual prático para situações de emergência com IA deve incluir um conjunto de gatilhos comuns e uma escala básica de gravidade, que ajudem as autoridades a reconhecerem quando elevar a situação de aviso rotineiro para um alerta internacional. Além disso, uma coordenação global deve ser estabelecida, assim como sistemas de relatórios de incidentes interoperáveis e protocolos de comunicação de crise que utilizem métodos autenticação, como rádio.

Estruturação da preparação para emergências com IA

Então, quem deve supervisionar essas iniciativas de preparo para emergências com IA? A resposta mais lógica é as Nações Unidas. Colocar esse sistema dentro da estrutura da ONU é fundamental, uma vez que uma emergência relacionada à IA não respeitará alianças políticas. Um mecanismo ancorado na ONU oferece uma inclusão mais ampla e reduz a duplicação entre coalizões rivais.

Além disso, é imperativo que cada país nomeie um ponto de contato para emergências com IA disponível 24 horas por dia. As potências emergenciais devem ser revisadas para garantir cobertura adequada à infraestrutura de IA. Exercícios conjuntos devem testar ondas de desinformação e falhas de modelos, ajustando a legislação para proteger a população em caso de instabilidade nos sistemas.

Essas precauções são mais relevantes do que nunca, visto que os ataques cibernéticos relacionados à IA estão aumentando. Muitas nações já experimentaram pequenas interrupções e tentativas de manipulação de dados, deixando claro que um evento maior pode estar à espreita. O governo precisa criar um manual de emergência que una ferramentas já existentes e enfrente os desafios de crises futuras.

A medida da governança em IA será nossa resposta no nosso pior dia. Atualmente, o mundo não possui um plano para emergências de IA, mas podemos criar um. É fundamental que este plano seja desenvolvido e testado, com garantias legais que assegurem a proteção, porque, uma vez que a próxima crise começar, será tarde demais.

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