Belém do Pará, uma cidade rica em história e biodiversidade, foi não apenas o ponto de chegada da Biotravessia, um importante projeto ambiental, mas também a sede da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Este evento global teve como foco discutir ações eficazes para enfrentar a crise climática, destacando as iniciativas de conservação no Brasil, especialmente em regiões vulneráveis às mudanças climáticas.
A Biotravessia e suas contribuições
O projeto Biotravessia, realizado em parceria com a empresa BluestOne, percorreu os seis grandes biomas brasileiros, partindo do Rio Grande do Sul até Belém. A iniciativa busca mostrar não apenas as belezas naturais do país, mas também os exemplos práticos de conservação da biodiversidade, onde ciência, natureza e comunidades se entrelaçam. Alexandre Resende, Diretor de Sustentabilidade & ESG da BluestOne, afirmou: “A Biotravessia revela um Brasil profundo e comprometido com o futuro, através de conexões e experiências transformadoras”.
O papel da COP 30 na luta contra as mudanças climáticas
Realizada em um contexto onde a temperatura média global continua a subir e eventos climáticos extremos se tornaram mais frequentes, a COP 30 buscou fortalecer acordos internacionais como o Acordo de Paris. O evento reuniu líderes mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil para discutir compromissos passados e propor novas soluções para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
Belém, como sede, passou a ser um palco para visibilidade da agenda ambiental. A cidade sente na pele os efeitos das mudanças climáticas, como temperaturas excessivas e a falta de áreas sombreadas. Esse contexto torna as discussões ainda mais relevantes, a partir de um olhar atento às realidades locais.
Desafios e avanços na conservação da biodiversidade
Os pesquisadores destacam que a fauna, especialmente as aves, tem sido severamente impactada pelas mudanças climáticas. Exemplos como o papa-formiga-de-topete e o crejoá alertam para a necessidade urgente de ações efetivas, já que essas espécies enfrentam riscos constantes de extinção.
No entanto, a COP 30 também trouxe boas notícias para a conservação. Um dos destaques foi a reintrodução das ararajubas, uma espécie símbolo do Pará, que havia desaparecido da região há mais de 100 anos. O projeto, apoiado pela BluestOne e realizado em parceria com o IDEFLOR-Bio e a Fundação Lymington, conseguiu devolver 15 ararajubas à natureza. Essas aves, que foram submetidas a treinamento e monitoramento rigorosos, agora podem novamente voar livres na região, alimentando-se de frutos típicos como o açaí.
Um futuro mais equilibrado para o planeta
A reintrodução das ararajubas em Belém simboliza não somente um marco na conservação da fauna, mas também a possibilidade de reparar danos ambientais por meio de ciência e comprometimento. “É uma grande emoção ver esses pássaros voando novamente. Estamos estabelecendo um segundo grupo para reforçar a população”, comentou Marcelo Vilarta, biólogo responsável pelo projeto.
Mais do que simplesmente sediar a COP 30, Belém do Pará se apresentou ao mundo como um território em que passado, presente e futuro se encontram, destacando a urgência de ações concretas para restaurar e preservar a rica biodiversidade brasileira. O evento amplificou a importância do diálogo entre governos e sociedade, estimulando um movimento integral rumo à justiça climática e à proteção ambiental.
A cidade, com sua rica cultura e desafios climáticos, funcionará como um exemplo significativo de que é possível aliar desenvolvimento sustentável à conservação, reafirmando que o Brasil pode se posicionar como líder em iniciativas de proteção ambiental.
Em resumo, a COP 30 em Belém não apenas tratou de questões climáticas globais, mas também ressaltou a importância de projetos locais que buscam soluções inovadoras para a preservação do nosso planeta.


