O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), apresenta uma nova redução nas projeções de inflação para os próximos anos. A pesquisa, feita semanalmente com mais de 100 instituições financeiras, mostrou que as expectativas para 2025 e 2026 continuam diminuindo.
Revisões nas projeções de inflação
Para 2025, a previsão recuou de 4,33% para 4,32%, marcando a sétima queda consecutiva. Para 2026, a expectativa de inflação caiu de 4,06% para 4,05%, no sexto recuo consecutivo. Para os anos seguintes, as projeções permanecem estáveis em 3,80% para 2027 e 3,50% para 2028.
Meta de inflação e seu impacto
Desde o início de 2025, o Banco Central adotou o sistema de meta contínua, com objetivo de manter a inflação próxima de 3%. O intervalo considerado dentro da meta varia entre 1,50% e 4,50%, uma faixa que, se confirmada pelas projeções, indica que não haverá “estouro” da meta ao final do ano.
Nos últimos anos, especialmente em 2024 e até junho de 2023, a inflação ficou acima do teto do sistema de metas, o que preocupa principalmente quem possui rendimentos baixos, já que a alta nos preços reduz o poder de compra da população.
Perspectivas econômicas e juros
A expectativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,26%. Para 2026, a previsão de crescimento continua em 1,80%. A desaceleração da economia, influenciada por taxas de juros elevadas, deve seguir pressionando as projeções para baixo.
Em relação à taxa de juros, os analistas mantiveram as previsões para 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa permanece em 12,25%, e para 2027, em 10,50%. A estabilidade dessas projeções indica expectativa de continuidade na política de juros elevados, que busca controlar a inflação.
Perspectivas futuras
Apesar das revisões para baixo, o cenário ainda aponta para uma inflação acima do centro da meta, o que reforça a necessidade de monitoramento contínuo por parte do Banco Central. A expectativa é de que as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) possam ajustar a política de juros conforme os avanços na inflação.
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