Brasil, 29 de dezembro de 2025
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IGP-M fecha 2025 com deflação e impacto no aluguel

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), amplamente utilizado no Brasil para reajustes de contratos de aluguel, encerrou o ano de 2025 com uma deflação de 1,05%, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado foi divulgado nesta segunda-feira, 29 de dezembro, e representa uma virada importante no comportamento da inflação no país, principalmente após meses de desaceleração nos preços.

Desempenho do IGP-M em dezembro

Em dezembro, o IGP-M apresentou uma variação mensal de -0,01%, o que é considerado praticamente estável. No entanto, essa leve queda foi suficiente para que o acumulado dos últimos 12 meses terminasse no campo negativo. Isso marca uma mudança significativa em comparação com o ano anterior, quando o índice havia registrado um aumento superior a 6%.

Entendendo o impacto do IGP-M no aluguel

O IGP-M é um dos principais índices utilizados para a correção de aluguéis, além de ser referência na atualização de preços de tarifas públicas e outros serviços. Sua trajetória em 2025 foi marcada pela queda contínua dos preços de matérias-primas e a diminuição das pressões inflacionárias, o que teve como resultado o fechamento do ano com uma deflação acumulada.

Embora os contratos de aluguel que utilizam o IGP-M como referência costumem ter reajustes anuais baseados no acumulado dos 12 meses, não existe uma garantia automática de redução nos valores. Quando o índice apresenta deflação, isso pode significar uma correção menor ou até uma redução no valor do aluguel, considerando que essa possibilidade esteja prevista no contrato.

Mudança nas preferências de indexadores

Apesar do resultado negativo do IGP-M em 2025, muitos acordos imobiliários recentes têm migrado para índices como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que continuou a apresentar uma trajetória de alta ao longo do ano. Essa mudança pode reduzir o impacto da deflação do IGP-M para tanto inquilinos quanto proprietários, criando um cenário mais favorável em um momento de instabilidade econômica.

Reflexões sobre o futuro do mercado imobiliário

A variação negativa do IGP-M em 2025 reflete uma tendência que pode se consolidar no futuro. Com uma inflação que, por muitos analistas, é considerada sob controle, a expectativa é que os contratos de aluguel se ajustem a uma nova realidade. Essa realidade pode exigir maior flexibilidade e talvez a adoção de múltiplos indexadores conforme as condições do mercado.

Outro ponto a ser observado é que, com a crescente adoção do IPCA como índice de correção, inquilinos e proprietários precisam estar atentos às condições do contrato. A atualização salarial e as expectativas sobre a inflação podem impactar diretamente os valores pagos e a capacidade de negociar aluguéis mais justos nas novas locações.

Por fim, a deflação do IGP-M, combinada com uma possível alta no IPCA, pode criar um cenário menos previsível para o mercado imobiliário. Portanto, é fundamental que inquilinos e proprietários entendam as implicações dessas mudanças e se preparem para um tratamento mais dinâmico e consensual no setor.

Com a conclusão do ano de 2025 e o fechamento do IGP-M, o mercado imobiliário brasileiro se vê em uma encruzilhada, onde a adaptação e compreensão das novas diretrizes podem ser decisivas para um futuro mais estável e sustentável.

Para mais detalhes, você pode acessar a análise completa da FGV sobre o IGP-M e suas implicações no mercado imobiliário.
[Fonte](https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/igp-m-fecha-2025-em-queda-e-impacta-inflacao-aluguel)

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