A 13ª Festa da Unidade, realizada na manhã de 28 de dezembro, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro do Rio de Janeiro, marcou o encerramento do Jubileu da Esperança na Arquidiocese de São Sebastião. O acontecimento foi vivenciado como um Ano Santo Ordinário pela Igreja, conforme a determinação do saudoso Papa Francisco, que designou que o fim da celebração do Ano Jubilar ocorresse nas catedrais de todo o mundo na mesma data.
Um dia de celebrações e reflexões
A data da 13ª Festa da Unidade coincidiu com a Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José, ressaltando, assim, os laços entre a espiritualidade familiar e a unidade eclesial. Na bula Spes non confundit, o Papa Francisco convida a Igreja a viver este tempo como um “ano da graça do Senhor”, ressaltando a importância de reavivar a esperança que não decepciona.
A programação começou cedo, às 7h30, com a recitação do Terço da Esperança, seguida, às 8h, pela pregação do diácono Melquisedec Ferreira da Rocha, que refletiu sobre a esperança cristã em tempos desafiadores. A celebração ganhou contornos artísticos com a apresentação musical “Natal em todo o canto”, da Companhia de Artes Luz do Mundo, que contou com a participação das cantoras Maíra e Raní Jaber.
Unidade e comunhão na festa
A celebração reuniu bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, seminaristas, e leigos, simbolizando a diversidade e a corresponsabilidade dentro da Igreja. Em sua homilia, o arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João Tempesta, enfatizou a importância da unidade na caminhada da Igreja, reforçando que esta festa é um momento de gratidão e discernimento pastoral.
Dom Orani destacou que a Festa da Unidade, que tradicionalmente ocorre no final do ano litúrgico, foi adaptada para coincidir com o encerramento do Jubileu da Esperança, refletindo sobre a importância de enfrentar os desafios sociais e culturais da cidade do Rio de Janeiro com um testemunho de unidade e fé. “Cada paróquia e pastoral tem sua importância em nossa caminhada, estamos unidos na diversidade de carismas”, ressaltou.
Ação pastoral e o Espírito Santo
O arcebispo também mencionou que a ação da Igreja não se baseia em imposições, mas sim no discernimento para entender a vontade de Deus. Ele incentivou a comunhão entre leigos e religiosas, chamando-os a assumirem papéis ativos na evangelização e na construção de comunidades. Além disso, um momento simbólico da celebração foi a entrega do símbolo do Ano Santo do Jubileu da Esperança para 21 igrejas jubilares da arquidiocese.
Aprometendo a missão para o futuro
Um dos momentos mais significativos da celebração foi a assinatura da Carta Pastoral, que contém as conclusões do II Sínodo Arquidiocesano, dedicado ao tema das Missões. Dom Orani enfatizou que as conclusões não representam um fim, mas sim abrem novos caminhos para o futuro e são essenciais para direcionar as ações pastorais da arquidiocese nos próximos anos.
Além de reafirmar a continuidade do Jubileu Arquidiocesano, Dom Orani ressaltou que a missão da Igreja permanece. Ele encorajou os fiéis a receberem a Indulgência Plenária disponível em cinco igrejas selecionadas. “O futuro da Igreja e da humanidade passa pela família”, disse ele, constantemente reforçando a importância da pastoral familiar e do acompanhamento das famílias em suas jornadas espirituais.
Um chamado à esperança
No encerramento da festa, Dom Orani fez um apelo aos participantes para que, mesmo diante das dificuldades sociais como a violência e a pobreza, os cristãos continuem sendo instrumentos de transformação e esperança. “Estamos juntos, caminhando com coragem e ânimo, anunciando o Reino de Deus”, concluiu.
A 13ª Festa da Unidade não apenas celebrou a concluisão do Jubileu da Esperança; ela reafirmou o compromisso da Igreja no Rio de Janeiro em manter viva a chama da fé, da unidade e do testemunho cristão diante dos desafios da sociedade contemporânea.



