Na noite do último sábado (27), os bombeiros encerraram as operações de rescaldo na Sucata Chico Alves, localizada em Fortaleza, após um incêndio Monumental que se iniciou na noite de Natal. Essa importante fase do combate a incêndios garante que as chamas e focos de calor residual sejam completamente extintos, evitando novos riscos.
Incêndio e seu impacto na comunidade
O incêndio, que ocorreu na Avenida Sargento Hermínio, no Bairro Jacarecanga, começou na noite de quarta-feira (24) e rapidamente se espalhou pelo local. Para debelar as chamas, mais de 500 mil litros de água foram utilizados. O evento deixou quatro pessoas feridas, todas com lesões leves. Além disso, a Defesa Civil precisou interditar oito casas e um bloco de apartamentos em um condomínio nas proximidades, fazendo com que muitos moradores deixassem suas residências e, em alguns casos, alugassem pousadas temporárias.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada por volta das 23h30 do dia do incêndio, com relatos de chamas visíveis em áreas circunvizinhas. “Diversas viaturas foram mobilizadas para o combate às chamas e a segurança da área. No local, as equipes atuaram no controle e extinção do incêndio”, informaram os bombeiros.
Causas do incêndio e precauções de segurança
Conforme depoimentos de testemunhas, o incêndio teve possíveis origens em atividades irresponsáveis de adolescentes que soltaram bombas caseiras conhecidas como “rasga-lata” nas proximidades da sucata. Essa informação, no entanto, ainda não foi confirmada oficialmente pelos bombeiros.
Um ponto preocupante revelado pelo capitão Romário Fernandes foi o fato de que a Sucata Chico Alves não possuía a certificação de conformidade necessária do Corpo de Bombeiros, um requisito legal que atesta a segurança contra incêndios em edifícios comerciais. “O proprietário havia dado entrada no pedido, mas ainda havia inconsistências que impediram a conclusão do processo de certificação”, explicou Romário.
Resposta rápida evita maior tragédia
Mais de 19 viaturas e mais de 50 agentes atuaram nas operações de combate às chamas. A resposta rápida dos bombeiros foi fundamental para evitar que o incêndio se alastrasse ainda mais, considerando que a sucata acumulava uma grande quantidade de material combustível окружado por residências e comércios.
Inicialmente, os bombeiros informaram que duas pessoas haviam sido feridas, mas este número aumentou para quatro ao longo da operação. Entre os feridos estavam dois bombeiros, que sofreram atendimentos rápidos e voltaram à ação. Um adolescente foi atendido e liberado, enquanto uma senhora foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido a um quadro de mau súbito.
História da Sucata Chico Alves
A Sucata Chico Alves tinha um histórico de mais de 50 anos na capital cearense. Fundada em 1970 por Francisco Alves de Oliveira, um paraibano que, aos 84 anos, ainda efetuava suas atividades no local antes do incêndio. O estabelecimento, que ocupava quase todo um quarteirão, era conhecido por comercializar peças automotivas usadas, sucatas metálicas e materiais recicláveis.
O incêndio que consumiu a sucata representa uma grande perda não apenas para o proprietário e seus colaboradores, mas também para a comunidade, que se beneficiava dos serviços oferecidos pela empresa por mais de cinco décadas.
A administração pública deverá avaliar as circunstâncias que levaram a essa tragédia e reforçar as políticas de segurança para evitar que eventos como este se repitam no futuro.
Nos próximos dias, a cidade de Fortaleza e suas autoridades continuarão a trabalhar na recuperação e na supervisão das áreas afetadas pelo incêndio, garantindo a segurança e o bem-estar da população. A comunidade já se mobiliza para ajudar as famílias que foram forçadas a deixar suas casas.
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