Um trágico acidente aéreo ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (27), resultando na morte do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos. Ele era o único ocupante da aeronave monomotor que caiu no mar, enquanto realizava um serviço de publicidade. O incidente gerou uma série de investigações para apurar as causas da queda, que, até o momento, permanecem desconhecidas.
Tarde fatídica no Posto 4 de Copacabana
A queda do monomotor aconteceu nas proximidades da Rua Santa Clara, por volta das 12h30. Os bombeiros foram acionados rapidamente, chegando ao local apenas quatro minutos após o acidente. Infelizmente, o avião afundou rapidamente, dificultando as operações de resgate e aumentando a angústia de testemunhas presentes na praia.
Luiz Ricardo, natural de Goiânia (GO), estava iniciando seu primeiro dia de trabalho na empresa Visual Propaganda Aérea. Apesar de ser inexperiente na empresa, o piloto tinha as devidas certificações e havia completado um período de treinamento necessário para realizar os serviços. O avião, segundo informações, partiu do aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, antes de realizar a queda.
Possíveis causas do acidente
Os detalhes acerca da queda do avião ainda estão sendo investigados, mas especialistas já começam a levantar hipóteses sobre o que pode ter ocorrido. O especialista em gerenciamento de risco, Gerardo Portela, sugere que o monomotor pode ter enfrentado uma pane, seja no motor ou em sistemas de controle da aeronave. “Dá para perceber pelas imagens que a aeronave teve algum tipo de pane, alguma dificuldade para manter o voo,” afirmou Portela.
Ele explicou que, em casos de pane, o piloto tenta manobrar a aeronave para evitar que o acidente ocorra em áreas onde há risco de acidentes com pessoas. “A última chance é tentar fazer um pouso forçado tentando planar até alcançar a água,” acrescentou o especialista.
Investigações em andamento
A Prefeitura do Rio de Janeiro revelou que a Visual Propaganda Aérea não possuía autorização para realizar campanhas publicitárias enquanto o acidente ocorreu. A situação gerou uma preocupação ainda maior sobre as práticas de segurança e regulamentação na aviação civil. As autoridades locais e a Força Aérea Brasileira (FAB) também foram acionadas para investigar a ocorrência.
A FAB, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), já enviou investigação para o local. “Durante a ação inicial, profissionais qualificados aplicam técnicas específicas para coleta e confirmação de dados, preservação de elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave,” informa nota oficial da Força Aérea.
Reações e posicionamento da empresa
A Visual Propaganda Aérea se manifestou publicamente acerca do acidente, expressando seu profundo pesar pela morte do piloto. Em nota, a empresa afirma que está colaborando amplamente com as autoridades competentes para esclarecer os fatos sobre a tragédia. “Estamos à disposição para prestar todo suporte à família neste momento tão difícil,” diz a nota.
A empresa ainda destacou sua experiência de mais de 40 anos no mercado e reafirmou seu compromisso com a segurança e o cumprimento das normas aéreas. Alegou que todas as manutenções e certificações exigidas estavam em dia no momento do acidente.
A tragédia abala a comunidade local e amigos do piloto, que será sepultado em Juiz de Fora (MG), cidade onde residia. O caso levanta questões importantes sobre a segurança na aviação, desafiando autoridades a reforçar a fiscalização e regulamentação no setor, em decorrência das recentes ocorrências trágicas.
A espera por respostas e esclarecimentos sobre as causas do acidente permanece, enquanto o luto se instala entre os que conheceram e admiraram Luiz Ricardo Leite de Amorim.


