Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Trump expande restrições de viagem para mais 20 países

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expandiu o polêmico bloqueio de viagem que implementou durante seu primeiro mandato, adicionando 20 novos países à lista. Com esta atualização, 39 nações agora enfrentam proibições totais ou restrições severas para entrada nos Estados Unidos, um desenvolvimento que já começa a gerar reações negativas ao redor do mundo.

Exclusão de países e novas proibições

Entre os países recentemente adicionados à lista de restrições estão Mali, Sudão do Sul, Níger, Burkina Faso, Síria e a Autoridade Palestina, que agora não podem enviar cidadãos para os EUA. Esta política foi inicialmente introduzida em junho e visa controlar o fluxo de imigração e potencialmente reforçar a segurança nacional, segundo o governo americano.

Além disso, Angola, Antígua e Barbuda, Benin, Dominica, Gabão, Gâmbia, Costa do Marfim, Malauí, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbábue enfrentam bloqueios a vistos de estudantes e de negócios. Esses países se juntam a Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela, que já estavam na lista desde a primeira implementação da medida.

Reação internacional e medidas de retaliação

Logo após a expansão das restrições, vários diplomatas e autoridades de governos afetados expressaram sua indignação. O Primeiro-Ministro da Antígua, Gaston Browne, afirmou que seu governo estava “profundamente desapontado”, ressaltando que as alegações sobre regras permissivas para concessão de cidadania por investimento não refletem a realidade atual de suas legislações.

Entre as nações que reagem de forma mais drástica está o Níger, que tomou uma medida extrema ao banir permanentemente a concessão de novos vistos para cidadãos dos EUA. O governo nigerino anunciou oficialmente que esta proibição é uma resposta direta às novas políticas de Trump até que a situação mude.

A determinação do Níger é clara: “Estamos proibindo completamente a emissão de vistos para todos os cidadãos dos EUA e banindo indefinidamente a entrada de cidadãos americanos em nosso território”, confirmou um representante do governo à Associated Press.

Contexto geopolítico do Níger

Com uma população de mais de 25 milhões e limitado por países como Argélia, Líbia, Chade, Nigéria, Benin, Mali e Burkina Faso, o Níger é uma nação predominantemente muçulmana. De acordo com o documento emitido pela Casa Branca, o país possui uma taxa de não conformidade de vistos de 13,41% para vistos empresariais e 16,46% para vistos estudantis. Além disso, o governo apontou a presença de “terroristas e seus apoiadores envolvidos em planejamentos de sequestros” como parte da justificativa para as novas restrições.

Consequências das políticas de imigração

Embora a história de guerras, instabilidade política e golpes no Níger tenha resultado em um fluxo muito baixo de viagens ocidentais ao país, o novo movimento do governo caracteriza uma escalada significativa nas relações entre os EUA e a nação africana. O Departamento de Estado dos EUA já manteve o nível de alerta “não viajar” para o Níger por vários anos, e a situação atual pode complicar ainda mais as dinâmicas diplomáticas.

À medida que mais países se somam à lista de restrições, o panorama das relações internacionais e de imigração continua a se transformar, levantando questões sobre a eficácia e os impactos sociais e econômicos dessas políticas. As reações dos governantes e as possíveis retaliações indicam que a hospedagem de visitantes desses países poderá ser uma fonte contínua de tensões entre nações.

A expansão do bloqueio de viagem de Trump e as reações geradas enfatizam a complexidade das questões migratórias e diplomáticas enfrentadas atualmente, destacando o impacto de decisões políticas em nível global.

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