O elevado da avenida Miguel Rosa, localizado na Zona Sul de Teresina, foi liberado após uma interdição realizada neste domingo (28) para reparos decorrentes das fortes chuvas. O Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER-PI) informa que o tráfego deve ser restabelecido de forma gradual ao longo desta segunda-feira (29).
Interdição e reparos no elevado
A interdição teve início às 8h e estava programada para se estender até as 17h. Durante esse período, um microrrevestimento foi aplicado e houve reforço na pintura e sinalização do viaduto. Essas ações são parte do Plano de Ação do DER-PI, que visa a manutenção e a melhoria da estrutura do elevado.
Vale lembrar que essa não foi a primeira vez que o elevado foi interditado recentemente. No domingo anterior, dia 21, o viaduto também passou por uma interdição para a aplicação de uma nova camada de asfalto, em decorrência da queda de um bloco de concreto que ocorreu no dia 17 de dezembro. De acordo com o diretor-geral do DER-PI, Leonardo Sobral, o asfaltamento foi necessário para corrigir um desnível de 13 cm identificado em uma vistoria técnica realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI).
Causas da queda do bloco de concreto
A vistoria realizada pelo Crea apontou que a queda do bloco de concreto pode ter sido provocada por um acidente de trânsito na extremidade da ponte que liga a Zona Sul ao Centro de Teresina, abrangendo a BR-316. O presidente do Crea, Hércules Medeiros, explicou que o impacto de um veículo em mais de um bloco de concreto foi um fator determinante para o colapso de uma das peças.
“Aparentemente o veículo bateu em mais de um bloco, em dois ou três. O que caiu foi [devido a] uma soma de fatores, principalmente a compressão que esse elemento sofreu por conta do desnível”, comentou o presidente. Ele também alertou que há uma peça de cerca de uma tonelada do outro lado do elevado com um afastamento ainda maior. Contudo, assegurou que não há risco de colapso ou desabamento do viaduto, apenas de peças específicas.
Histórico de problemas na estrutura
O elevado da avenida Miguel Rosa, cuja primeira etapa de construção levou cerca de três anos para ser concluída, em 2017, teve um custo de R$ 24 milhões aos cofres públicos. A estrutura possui 320 metros de extensão e conta com quatro faixas. No entanto, menos de dois anos após a inauguração, em 2019, o viaduto já apresentava avarias na estrutura.
Vídeos enviados por moradores mostraram problemas de infiltração e desgaste nas colunas do elevado, ressaltando a necessidade de uma atenção constante às condições estruturais da obra. A situação preocupante levanta questões sobre a durabilidade e o planejamento de obras públicas em Teresina.
Considerações finais
A interdição do elevado da avenida Miguel Rosa é uma medida necessária para garantir a segurança dos usuários e a integridade da infraestrutura. Os trabalhos de manutenção são fundamentais para evitar acidentes e preservar a funcionalidade das vias urbanas, que são essenciais para o tráfego da cidade.
Com a previsão de liberação do tráfego, espera-se que a população local possa voltar a utilizar o elevado de forma segura e eficiente. O acompanhamento por parte dos órgãos responsáveis é vital para que este tipo de situação não se repita no futuro, assegurando que a estrutura atenda às necessidades da comunidade.
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