Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Erro trágico em hospital de Glasgow leva à cremação de corpo errado

Um sério erro ocorreu no hospital Queen Elizabeth em Glasgow, onde uma família enlutada, sem saber, cremou o corpo de uma pessoa desconhecida após uma confusão na identificação no necrotério do hospital. Esse incidente perturbador veio à tona apenas após o funeral da vítima equivocada, e, como resultado, uma segunda família ficou impossibilitada de realizar a sepultura ou cremação de seu ente querido.

Erro de rotulagem e consequências

A situação, que levou à suspensão de membros da equipe do hospital, ocorreu no mês passado, em Govan, uma área de Glasgow. A confusão no envio de corpos para os serviços funerários destaca questões críticas de procedimentos adequados na gestão de mortos em instituições de saúde. Fontes confirmaram que as cinzas do corpo que foi erroneamente identificado já foram entregues à sua família, mas ainda não se sabe se a família que realizou o funeral pôde realizar um novo serviço com o corpo de seu próprio familiar.

O primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, foi informado sobre o incidente, que se junta a uma série de escândalos envolvendo o maior hospital da Escócia, inaugurado há dez anos. Um membro da equipe do hospital revelou ao The Scottish Sun: “Como isso é possível? A família estava inconsolável. Perguntas sérias precisam ser respondidas com urgência sobre esse erro monumental. O local necessita de uma mudança urgente.”

Investigação e resposta do NHS

Ainda não está claro como o erro veio à tona, mas a NHS Greater Glasgow e Clyde (NHSGGC), que gerencia o hospital, reconheceu que se tratou de um erro humano. Uma investigação completa foi ordenada para apurar as circunstâncias do incidente. Brian Whittle, ministro da Saúde pública pela oposição escocesa, destacou a confiança que as famílias depositam no NHS em momentos vulneráveis e criticou como os procedimentos básicos foram ignorados, resultando em consequências devastadoras.

Em uma declaração, o NHSGGC se comprometeu a fornecer apoio total às famílias afetadas e confirmou a suspensão dos funcionários envolvidos no erro. Dr. Scott Davidson, diretor médico da NHSGGC, expressou pesar pela situação, afirmando que os processos de identificação e rotulagem deveriam ser rigorosos e adequados.

Histórico de lapsos no hospital Queen Elizabeth

Construído com um investimento de £842 milhões, o campus do “super-hospital” foi inaugurado em 2015, mas já enfrentou diversas críticas e escândalos desde sua abertura. Em setembro de 2023, foi comunicado que uma enfermeira do QEUH irá a julgamento sob acusação de homicídio culposo por ter supostamente administrado uma dose letal de um medicamento destinado a outro paciente em 2022. Apenas um ano após a inauguração, surgiram relatos de vazamentos de esgoto e problemas de ventilação nas instalações.

Além disso, o caso da paciente Milly Main, de dez anos, que morreu durante o tratamento de câncer após contrair uma infecção proveniente da água do hospital, trouxe à tona ainda mais preocupações com a segurança dos pacientes. Como resultado, a Scottish Hospitals Inquiry foi iniciada em 2020 para investigar problemas relacionados à segurança e ao bem-estar dos pacientes, incluindo infecções e mortes relacionadas ao uso da instalação.

O governo escocês expressou suas condolências às famílias afetadas e enfatizou a necessidade de uma investigação completa sobre esse trágico erro, indicando que a situação requer ação correta e transparente.

Em conclusão, o erro no necrotério do hospital Queen Elizabeth evidencia a necessidade urgente de uma revisão dos procedimentos operacionais e a importância de garantir a confiança do público na assistência médica, especialmente em momentos de luto e perda.

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