Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Imigração nos EUA sofre forte retração sob administração Trump

Após um ano da intensificação das políticas de restrição migratória sob o governo Trump, os Estados Unidos enfrentam impacto profundo nos setores econômico, social e cultural. A diminuição da imigração líquida, que caiu de 2 a 3 milhões para cerca de 450 mil por ano, revela uma transformação na política de portas abertas do país.

Restrições e efeitos na economia e sociedade americana

Com o aumento das taxas de visto, a quase inexistência de admissões de refugiados e a revogação de status temporários concedidos durante a administração Biden, o impacto já é perceptível em várias áreas. Hospitais da Virgínia Ocidental, por exemplo, perderam médicos e enfermeiros que planejavam trabalhar legalmente no país, prejudicando o atendimento à população local.

Na educação, o fluxo de estudantes internacionais caiu drasticamente, afetando instituições de ensino e comunidades acadêmicas. Em Memphis, por exemplo, uma liga de futebol de bairro enfrenta dificuldades para formar times, já que muitas crianças imigrantes deixaram de frequentar as atividades por medo de deportação.

Impactos em comunidades e setores essenciais

Casos como o de Marshalltown, Iowa, ilustram bem as mudanças: festivais locais estão mais vazios, comércio e igrejas registram menos movimento, e até eventos tradicionais de confraternização de famílias imigrantes estão sendo cancelados devido ao clima de insegurança.

Clientes e comerciantes locais relatam uma diminuição na energia da comunidade. “Quando você fica estagnado e não recebe pessoas novas, a cidade começa a envelhecer”, afirma Michael Ladehoff, prefeito eleito da cidade.

Desafios na agricultura e saúde

Na agricultura, a escassez de mão de obra ameaça culturas delicadas, que ainda dependem de trabalhadores humanos para colheita. Luke Brubaker, produtor rural da Pensilvânia, comenta: “Isso não vai do chão para a embalagem sem mãos humanas”.

Nos hospitais, a carência de profissionais qualificados é evidente. David Goldberg, vice-presidente de uma rede hospitalar na Virgínia Ocidental, afirma: “Se você é obstetra, precisa de mãos no momento do parto”.

Visões históricas e reflexões sobre o futuro

Historicamente, os Estados Unidos tiveram períodos de forte restrição migratória, como na década de 1920, quando o Congresso estabeleceu cotas e proibiu a entrada de asiáticos, com o objetivo de limitar o influxo de estrangeiros. Especialistas alertam que a atual política, similar ao passado, pode gerar danos duradouros à economia e à diversidade cultural do país.

Acadêmicos alertam que a baixa imigração pode acelerar o envelhecimento populacional, afetando comunidades inteiras, especialmente em regiões rurais e de baixa densidade demográfica. Ahmed Ahmed, conselheiro municipal de Lancaster, na Pensilvânia, questiona: “Isso é só o ano 1. Qual será o futuro?”.

Desafios e perspectivas

Analistas destacam que, apesar das restrições presentes, a recuperação da abertura migratória exigirá tempo e mudanças políticas. Empresas, universidades e comunidades aguardam por uma revisão das políticas, enquanto enfrentam os efeitos de um país que, cada vez mais, fecha suas portas ao mundo.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site do O Globo.

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