Uma família que enfrentou uma desventura no Rio Paraná, em Presidente Epitácio, passou mais de 18 horas à deriva após um inesperado desabamento das condições climáticas. O incidente ocorreu na noite de sexta-feira, quando Henrique Pelissari Antonio, de 32 anos, e seus pais, Salete e Armindo, ambos de 63 anos, se viam obrigados a lutar pela sobrevivência em meio às águas tumultuadas.
Desdobramentos da tempestade
Os três, moradores do distrito de Piquirivaí, em Campo Mourão, Paraná, estavam pescando quando notaram mudanças drásticas no tempo. Segundo Henrique, muita onda e marola acompanhadas da perda de potência do motor do barco levaram ao naufrágio. “O barco virou de lado, a onda bateu e quebrou dentro do barco. A água invadiu e nos deixamos ilhados. Fomos obrigados a permanecer em cima do barco até o resgate”, relatou Henrique.
O acionamento do Corpo de Bombeiros e da Marinha foi feito pelo proprietário da pousada onde a família estava hospedada. Preocupado com o não retorno da família, ele imediatamente notou a situação alarmante e pediu ajuda, iniciando assim uma corrida contra o tempo para encontrar as vítimas.
O resgate e as condições de saúde
Os primeiros sinais de esperança surgiram aproximadamente 18 horas após o início do acidente, quando o Grupamento Aéreo Águia da Polícia Militar conseguiu localizar a família através de um helicóptero, com a ajuda de moradores que haviam encontrado pertences pessoais às margens do rio. “Estávamos muito debilitados, mas conscientes. O medo e a tensão foram constantes durante aquelas horas”, destacou Henrique.
Após o resgate, Salete e Armindo foram levados para a Santa Casa de Presidente Epitácio, onde receberam alta na mesma noite. Henrique, mesmo debilitado, ficou em observação, mas felizmente apresentava boas condições de saúde, aguardando apenas a alta médica.
Despedida da companheira de aventuras
Durante a aventura, a família estava acompanhada de sua fiel pinscher de 15 anos, Bela, que, infelizmente, caiu no rio e não foi mais vista após a primeira onda. “Perder ela está me deixando muito triste. A conexão emocional era enorme, e a ausência dela será sentida com certeza”, comentou Salete.
Apesar do luto pela perda da pet, a família demonstrou gratidão por estarem vivos. “Agradecemos a Deus e a todos que oraram por nós, além do Corpo de Bombeiros e policiais que nos resgataram”, finalizou Salete, ressaltando a importância da união familiar e a força que tiveram para superar esse momento crítico.
Preparação e segurança em atividades aquáticas
O acidente chamou a atenção para a necessidade de respeito às orientações de segurança em passeios aquáticos. A família utilizava coletes salva-vidas e mesmo assim enfrentou um momento crítico. É fundamental que todos que praticam esportes ou atividades de lazer em rios ou lagos estejam sempre preparados para mudanças climáticas e cientes dos riscos que podem surgir.
Este incidente serve como um alerta para os amantes de atividades ao ar livre, especialmente em épocas de condições climáticas instáveis. Manter-se informado e preparado pode fazer a diferença entre um passeio memorável e uma situação de emergência.
A história de Henrique e seus pais, apesar de aterrorizante, traz um ensinamento valioso sobre resiliência, união familiar e a importância de ações rápidas em situações de emergência. A comunidade local se mobilizou em apoio e muitos se uniram para oferecer ajuda e apoio psicológico à família nestes momentos difíceis.
O relato da família, além de sensibilizar a todos sobre as fragilidades da natureza, é uma prova viva de que a vida é preciosa, e cada momento deve ser valorizado. Esperamos que todos tenham a oportunidade de aprender com essa experiência e reforçar a segurança nas próximas aventuras aquáticas.


