Brasil, 28 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Entidades financeiras defendem atuação do Banco Central no caso Banco Master

Quatro entidades que representam bancos, financeiras e fintechs divulgaram neste sábado (27) uma nota conjunta em defesa da atuação do Banco Central (BC) no processo de liquidação do Banco Master. O documento destaca a relevância de preservar a autoridade técnica e a independência do regulador diante de questionamentos recentes.

Reforço na independência do regulador financeiro

No comunicado, as entidades afirmam que a existência de um regulador técnico e independente é fundamental para a manutenção de um sistema financeiro sólido e resiliente. Segundo o texto, o Banco Central tem exercido essa função com supervisão bancária prudente, atenta à estabilidade do sistema de forma exclusiva técnica.

As organizações ressaltam que uma eventual revisão das decisões técnicas do BC por outros órgãos representaria um risco de instabilidade regulatória e operacional, além de gerar insegurança jurídica. Para as associações, essa situação prejudicaria a previsibilidade das ações do regulador e comprometeria a confiança no sistema financeiro nacional.

Assinam a nota a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Zetta, entidade que congrega empresas do setor financeiro e de meios de pagamento. Essas organizações representam mais de 100 instituições, o que corresponde a cerca de 90% do setor financeiro e 98% dos ativos do sistema nacional.

Defesa do mérito técnico na supervisão financeira

O documento destaca que o Poder Judiciário pode e deve analisar aspectos jurídicos das ações do Banco Central, mas reforça que o mérito técnico das decisões de prudência deve ser preservado. Segundo as associações, enfraquecer a autoridade do BC pode gerar impactos negativos para a economia, além de aumentar os riscos para depositantes e investidores, especialmente pessoas físicas.

As entidades de setor financeiro lembram que a atuação preventiva do BC garante que bancos e demais instituições financeiras mantenham níveis adequados de capital e liquidez, além de políticas de risco compatíveis com seus modelos de negócio. Como exemplo, apontam que poucos bancos enfrentaram problemas de solvência nos últimos anos, mesmo durante crises como a de 2008 e a pandemia de covid-19.

Em linha semelhante, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) também manifestou apoio à autonomia do Banco Central, afirmando que as decisões de liquidação realizadas pelo órgão são fundamentadas em critérios prudenciais e técnicas. A eventual reversão dessas decisões, segundo a entidade, comprometeria a confiança nos pilares do sistema financeiro.

Controvérsia e acareação no STF

Na mesma data, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a realização de uma acareação no inquérito que apura irregularidades no caso do Banco Master. A audiência foi marcada para a próxima terça-feira (30) e tentará confrontar versões de diferentes envolvidos, incluindo o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos, o controlador do banco liquidado, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa.

O objetivo é esclarecer pontos sobre a atuação do BC e indícios de fraude na tentativa de venda do banco ao BRB. O processo tramita sob sigilo no STF após o ministro Toffoli admitir o caso, que estava na Justiça Federal de Brasília, em decorrência de questionamentos sobre possíveis falhas na fiscalização do Banco Master.

Para saber mais, acesse a matéria completa no site da Agência Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes