Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Primeiro ano de Galípolo no Banco Central tem foco na crise do Banco Master

Desde sua posse em janeiro de 2025, Gabriel Galípolo tem lidado com um cenário de tensões no sistema financeiro, após a liquidação do Banco Master, além de pressões sobre a autonomia do BC e a condução da política monetária. Seu primeiro ano no comando revelou que, apesar das expectativas de impacto na economia, os principais conflitos envolveram a crise do banco liquidado e a atuação do órgão regulador.

Crise do Banco Master e atuação do BC

A liquidação do Banco Master, anunciada em novembro de 2025, ocupou grande parte da atenção pública e das discussões no setor financeiro. O caso trouxe à tona questionamentos sobre irregularidades nas operações do banco, controlado por Daniel Vorcaro, e sobre a fiscalização do Banco Central.

Segundo o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), a decisão de liquidar o banco antes de conclusões definitivas gerou críticas por uma possível precipitação. O presidente do BC, Galípolo, afirmou que a liquidação seguiu critérios legais e que as evidências foram devidamente avaliadas, destacando a importância de manter o rigor no processo.

Investigações do órgão de fiscalização indicaram sinais de irregularidades em operações de cessão de carteiras de crédito e conexões com suspeitas de crimes financeiros. As apurações envolvendo Vorcaro e ex-gestores do BRB continuam, com a Polícia Federal também atuando na investigação.

Política monetária e juros

Apesar do foco na crise do banco, a condução da política de juros permaneceu em evidência. Em junho, o BC elevou a taxa Selic para 15% ao ano, maior nível desde o início do governo Lula, mantendo o patamar até o momento. Essa decisão buscou conter a inflação, que, embora em trajetória de redução, ainda não atingiu as metas desejadas.

Analistas avaliam que, apesar de o aumento de juros ter sido mais agressivo do que o previsto, há sinais de que uma reversão deve ocorrer em breve. O presidente Lula chegou a declarar, no final do ano, que “o cheiro de queda de juros é forte” e que “logo, a taxa deve começar a baixar”.

Desafios futuros e aspectos institucionais

O primeiro mandato de Galípolo no BC também abordou temas como a ampliação da autonomia do órgão e a modernização do sistema financeiro, incluindo projetos de inovação como o Drex, moeda digital do Banco Central. No entanto, temas como a segurança do sistema financeiro continuam em debate, especialmente após ataques cibernéticos e investigações envolvendo instituições reguladas.

O tribunal de contas e o STF também monitoram de perto a atuação do BC no caso Master. Após a investigação, o diretor de Fiscalização, Ailton Aquino, será submetido a uma acareação com Vorcaro e o ex-presidente do BRB, configurando uma ofensiva institucional para esclarecer eventuais irregularidades.

Perspectivas para 2026

Para o próximo ano, espera-se que o BC mantenha uma postura cautelosa, com o mercado aguardando sinais de início de um ciclo de redução da Selic. Enquanto isso, a discussão sobre a autonomia do órgão, a regulação de fundos e a inovação financeira devem continuar na agenda.

Mesmo com as turbulências, a confiança do governo no comando de Galípolo permanece firme, sendo que Lula declarou ter “100% de confiança” no presidente do BC, evidenciando o alinhamento político mesmo diante das crises. Assim, o período turbulento de 2025 deve se consolidar como um capítulo importante no gerenciamento do sistema financeiro brasileiro.

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