Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Reflexões sobre listas e o calendário do futebol brasileiro

O final de ano é um momento de reflexões e listas. Não aquelas de resoluções que costumamos fazer, mas listas que nos ajudam a recordar as experiências vividas ao longo desse período. Exemplo disso é o relato de um jornalista que anota em um caderno vermelho livros, filmes, séries, podcasts, cursos e outros eventos que marcam seu cotidiano. Contudo, essa prática trouxe à tona uma perspectiva interessante sobre o calendário do futebol brasileiro, que, em 2025, parece ter desafiado a lógica convencional das temporadas esportivas.

O dilema das contagens

Fazer listas se tornou uma forma eficaz para o jornalista acompanhar suas vivências, mas ao mesmo tempo, a contagem de itens muitas vezes se transforma em um foco excessivo em números, o que pode minar o prazer das experiências. No contexto esportivo, ele traz à tona a comparação com a quantidade de jogos disputados por grandes clubes cariocas, como Botafogo, Vasco, Flamengo e Fluminense. Somente em 2025, esses clubes participaram de um número recorde de partidas, o que levanta questões sobre o calendário tumultuado do futebol e suas consequências.

A época do Natal e o futebol

Durante a abertura de uma edição do programa “Redação SporTV”, um editor de Esportes fez uma piada com a data – 17 de dezembro – lembrando que uma traquinagem do calendário leva os torcedores a continuarem acompanhando as competições mesmo durante as festividades de Natal. O jornalista considera como seria se as tradições dos clubes fossem mais alinhadas a um calendário que privilegiasse a pausa para o descanso e festividades, em vez de prolongar a maratona de jogos até dezembro.

A programação de fim de ano traz desafios tanto para jogadores quanto para torcedores, que se veem perdendo momentos importantes com família e amigos em prol de competições esportivas. O aquecimento do mercado nas datas festivas, porém, é uma evidência de que a mudança no calendário pode trazer benefícios financeiros para os clubes, uma vez que mais jogos significam mais receitas.

A pressão sobre os jogadores

Por outro lado, a pressão sobre os jogadores é palpável. O calendários de competições e a exigência de resultados tornam evidente o impacto físico e psicológico sobre os atletas. O dilema é que, mesmo com concessões como meses de férias e pré-temporada, os jogadores acabam disputando um número exato de jogos por ano, resultando em estresse que vai além dos gramados. O campo se torna um lugar não só de competição, mas de pressão intensa.

Jogadores precisam lidar com a exaustão física, viagens longas e a pressão das torcidas. Enquanto um amante de cinema pode desfrutar do conforto de casa ao assistir a um filme durante as festividades, o atleta tem o campo como local de trabalho – um ambiente cheio de desafios e expectativas.

Esperança de um calendário mais humano

Com a chegada de 2026, o desejo é que mudanças efetivas no calendário do futebol brasileiro tirem parte do peso sobre os jogadores, ao mesmo tempo em que os torcedores possam também desfrutar das festividades de fim de ano sem a preocupação constante de jogos e resultados. A expectativa é que as listas do futuro tenham mais espaço para experiências pessoais e menos contagem de jogos, talvez resultando em uma época mais leve e de melhores recordações.

Assim, as resoluções de fim de ano do futebol brasileiro podem incluir a redução da carga de jogos, permitindo que jogadores e torcedores respirem aliviados, aproveitando os momentos de celebração em um calendário que realce a essência do esporte. Que em 2026 possamos ter um equilíbrio que promova tanto o esporte quanto a vida pessoal.

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