Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Polícia Federal cumpre mandados de prisão domiciliar contra golpistas

A Polícia Federal (PF) desencadeou, neste último sábado (27/12), uma operação significativa ao cumprir 10 mandados de prisão domiciliar direcionados a indivíduos condenados por envolvimento em uma trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação ocorreu simultaneamente no Distrito Federal e em sete outros estados, um dia após a detenção do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, que foi preso no Paraguai ao tentar escapar de uma condenação que ultrapassa 24 anos de cadeia.

Os alvos da operação são compostos por políticos, militares e ex-servidores públicos que estiveram envolvidos na tentativa de desestabilização da vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Os indivíduos detidos enfrentarão prisão domiciliar, monitorada eletronicamente, além de medidas cautelares que incluem a proibição do uso de redes sociais, restrições de contato com outros investigados, a entrega de passaportes e limites em visitas.

Principais alvos da ação da Polícia Federal

Entre os principais indivíduos que enfrentam essas maturas penalidades, destacam-se:

  • Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
  • Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército
  • Marília Ferreira de Alencar – ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça
  • Carlos Rocha Moretzsohn – presidente do Instituto Voto Legal (IVL)
  • Ailton Barros – major do Exército
  • Guilherme Marques Almeida – tenente-coronel do Exército
  • Sérgio Cavalieri – tenente-coronel
  • Bernardo Romão Correa Neto – coronel
  • Fabrício Moreira de Bastos – coronel
  • Giancarlo Rodrigues – subtenente

Essas detenções resultam de uma estratégia abrangente que busca não apenas punir os responsáveis, mas também a desarticular uma rede que ameaçava a democracia brasileira. A ação foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e inclui condenados que pertencem aos núcleos 2, 3 e 4 da combinação golpista.

Núcleos da trama golpista

A divisão dos núcleos foi feita da seguinte forma:

  • Núcleo 2: Envolvidos no monitoramento de autoridades e na tentativa de impedir votos nas eleições de 2022.
  • Núcleo 3: Composto por militares que participaram do planejamento de estratégias para neutralizar autoridades, incluindo o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
  • Núcleo 4: Responsável pela disseminação de desinformação e ataques a autoridades públicas.

As medidas cautelares aplicadas incluem a proibição de saída do país, a suspensão do porte de armas e limitações quanto às visitas, que deverão ser restritas apenas a advogados ou pessoas autorizadas pelo Judiciário. O desrespeito a essas determinações pode resultar em prisão preventiva imediata.

A operação mobilizou forças em uma variedade de estados, incluindo o Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins. O Exército Brasileiro colaborou em ações específicas que envolvem os militares, destacando a seriedade e abrangência das implicações legais que a operação carrega.

A iniciativa da Polícia Federal não apenas reflete o comprometimento das autoridades em responsabilizar os envolvidos em atividades ilegais, mas também representa um esforço para restabelecer a ordem democrática e a confiança nas instituições do país.

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