O renomado produtor e diretor Tyler Perry está enfrentando uma nova batalha judicial. Um processo de agressão sexual e lesão sexual de US$ 77 milhões foi movido contra ele, e envolve também a Lionsgate, distribuidora de seu filme “Boo! A Madea Halloween”. A ação foi apresentada por Mario Rodriguez, representado pelo advogado Jonathan Delshad, que já havia tentado processar Perry anteriormente, em um caso com semelhanças notáveis.
Panorama da nova acusação
A demanda de Rodriguez traz à tona alegações que datam de mais de uma década, onde ele descreve incidentes de conduta sexual inapropriada por parte de Perry. Alex Spiro, advogado de Tyler Perry, comentou que essas alegações são apenas uma repetição de tentativas anteriores de um advogado em busca de um retorno financeiro. “O mesmo advogado que falhou em um outro caso contra o senhor Perry agora está buscando outra demanda que também será um fracasso”, afirmou Spiro.
Detalhes do processo e suas implicações
Embora o advogado de Perry afirme que a ação é uma tentativa vã de extorsão, o processo de 23 páginas de Rodriguez apresenta detalhes preocupantes, incluindo mensagens de texto e conversas sugestivas. Uma das acusações mais graves inclui uma descrição de um incidente em que Perry teria supostamente agredido sexualmente Rodriguez, descrevendo ações como toques inapropriados e comentários sexuais.
Segundo o processo, após o incidente alegado, Perry teria dado dinheiro a Rodriguez enquanto ele esperava um serviço de transporte. O documento menciona que Rodriguez procurou reparação por danos psicológicos, emocionais e econômicos provocados pelas supostas ações de Perry.
Papel da Lionsgate no processo
A Lionsgate também foi chamada a responder por permitir que Perry estivesse em uma posição de poder sem agir contra alegações anteriores. No processo, declara-se que “a Lionsgate deveria ter conhecimento das condutas inadequadas de Perry, uma vez que já havia várias alegações contra ele no passado”. A companhia, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Repercussões legais e futuras do caso
Este não é o primeiro processo que Perry enfrenta sobre alegações de má conduta sexual. A ação de Rodriguez se une a um processo anterior de agressão sexual e assédio de US$ 260 milhões movido por Derek Dixon. Este último caso também está passando por complexidades legais que resultaram em mudanças de jurisdição. Perry pode enfrentar ações legais em duas frentes distintas, uma na Califórnia e outra na Geórgia, onde reside.
Com o Judiciário em movimento, o que se pode prever é que Perry terá um horizonte judicial complicado pela frente, possivelmente lutando contra esses processos até 2026, caso não haja acordos antes disso.
A voz de Rodriguez e a busca por justiça
Rodriguez decidiu tomar as rédeas de sua narrativa após a divulgação do caso de Dixon, percebendo que outros ex-membros da indústria também estavam se manifestando contra Perry. “Rodriguez decidiu que era hora de contar sua história e buscar justiça”, mencionou o advogado na documentação do processo.
O caso continua sendo uma sequência de eventos que traz à tona a dura realidade enfrentada por indivíduos na indústria do entretenimento quando se trata de poder e abuso. As repercussões dessas alegações podem impactar não apenas o futuro de Perry, mas também a estrutura da indústria, especialmente nas questões envolvendo assédio e responsabilidade.
Assim, o desenrolar deste caso será observado de perto, adicionando uma nova camada à conversa em torno de segurança e ética no trabalho na indústria do cinema.


