No último domingo (21), um casal que desfrutava de um passeio de caiaque em São Vicente, no litoral de São Paulo, vivenciou uma situação de terror ao ser assaltado por dois criminosos que se aproximaram em uma moto aquática. O incidente foi registrado a aproximadamente 100 metros da praia, e a moto utilizada para o crime já foi apreendida pelas autoridades.
O assalto e suas consequências
O crime, que chocou a comunidade local, foi capturado em vídeo por uma testemunha que registrou o momento em que o casal foi abordado pelos assaltantes. As imagens mostram as crianças brincando na areia enquanto os criminosos se aproximam da dupla no mar. Dentro de poucos segundos, os assaltantes se interagem com o casal e exigem os remos que estavam utilizando.
Um dos criminosos agrediu o marido, de 53 anos, com um remo, causando ferimentos. O relato da vítima de 47 anos é angustiante: “Eles começaram a bater nas costas, na nuca, na cabeça. Eu fiquei em pânico porque eu falei assim: ‘Se ele desmaia aqui, morre afogado’.” Após as agressões, o casal entregou suas alianças aos ladrões, que rapidamente abandonaram os objetos no mar e fugiram.
A apreensão da moto aquática
Na quinta-feira (25), após investigações, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) conseguiu localizar e apreender a moto aquática utilizada no assalto. A embarcação foi encontrada em uma marina da cidade, e a polícia está em busca do proprietário. A CPSP informou que a moto aquática estava navegando em uma área restrita, violando regulamentos que proíbem sua operação a menos de 200 metros da linha de base da praia.
A fiscalização no litoral paulista será intensificada até março, como parte da Operação Navegue Seguro, visando garantir a segurança nas águas e prevenir crimes como o que ocorreu com o casal.
Reação da comunidade e das autoridades
Após o assalto, as vítimas contaram com a ajuda de pessoas que estavam na praia, mas expressaram sua revolta e desespero ao perceber a falta de policiamento e segurança no mar. A mulher destacou que procurou ajuda imediatamente após o ocorrido, mas se deparou com a frustração de que não havia uma resposta rápida das autoridades no local. “Foi uma sensação horrível, de impunidade,” relatou.
A Prefeitura de São Vicente anunciou que está colaborando nas investigações e promovendo fiscalizações em marinas para evitar que motos aquáticas sejam alugadas sem registros. A administração municipal também afirmou que está avaliando maneiras de regulamentar o tráfego de embarcações na costa.
A visão das autoridades
Em nota, a Polícia Militar explicou que, em casos onde não há flagrante, a solução prática é registrar um boletim de ocorrência, o que pode auxiliar no planejamento de ações preventivas. A Prefeitura também reafirmou que a Marinha do Brasil é responsável pela segurança no mar e que estão em contato com outros órgãos para aumentar as fiscalizações, especialmente em períodos de alta temporada como o verão.
Este roubo, em plena luz do dia e dentro do mar, levanta questões sobre a segurança nas praias e nos recintos aquáticos do Brasil, destacando a urgência em reforçar o policiamento e a regulamentação de atividades náuticas. Os moradores e turistas esperam que esse evento sirva de alerta para que medidas efetivas sejam tomadas, evitando que outros incidentes semelhantes ocorram no futuro.
O envolvimento da comunidade e o esforço conjunto das autoridades serão fundamentais para restabelecer a sensação de segurança no litoral paulista, e o caso segue em investigação, com a Polícia Civil à procura do segundo envolvido no assalto.


