Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Reflexões de Santo Agostinho sobre o Natal e a Humildade

As celebrações de Natal, que ocorrem em 25 de dezembro, têm um significado profundo para os cristãos ao redor do mundo. Este ano, as reflexões de Santo Agostinho, bispo de Hipona, trazem à luz a essência desta celebração, ressaltando a Encarnação de Deus e a importância da humildade em nosso cotidiano. Agostinho nos convida a enxergar além das tradições e comercializações do Natal, buscando o verdadeiro vencedor: o que faz de nós seres humanos e nos conecta a divindade.

A divindade oculta em uma maravilhosa humildade

Em seus textos, Santo Agostinho reflete intensamente sobre a passagem do Evangelho de João que diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. […] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.” Neste contexto, ele menciona que o dia de Natal não é apenas uma data no calendário, mas uma celebração atemporal da encarnação do Eterno, que se torna presente nas vidas de homens e mulheres de todas as eras.

O bispo de Hipona enfatiza que a humildade do Natal é central para a nossa compreensão do evento. Ao se fazer carne, Deus escolheu uma manjedoura como seu abrigo, mostrando que a grandeza não está nas posses ou no status, mas na simplicidade e na capacidade de amar. Ele escreve: “Maria sustentou nosso Rei; carregou Aquele, no qual estamos; amamentou Aquele, que se tornou nosso Pão.” A dualidade da fraqueza e grandeza se entrelaça neste mistério, revelando uma divindade que se esconde na humildade do nascimento.

Os humildes estão na alegria

Um dos principais tópicos nas meditações de Agostinho sobre o Natal é a importância da humildade. Ele faz uma provocação sobre o orgulho, a raiz de muitos problemas, revelando um caminho através da humildade que foi aberto por Cristo. Agostinho declara: “Para curar o orgulho, raiz de todo o mal, o Filho de Deus desceu e se humilhou.” Ele nos encoraja a imitar esta humildade, ensinando que a verdadeira grandeza só pode ser alcançada quando nos abaixamos e reconhecemos o próximo.

A alegria também é um tema recorrente nas reflexões agostinianas. Ele afirma que a alegria acessível a todos é um dos principais legados do Natal. “Alegrai-vos, virgens consagradas… Alegrai-vos, prisioneiros: eis o Natal do Redentor. Alegrai-vos, fracos e enfermos: eis o Natal do Salvador.” Nesta chamada para a alegria, o bispo de Hipona nos convida a celebrar a presença de Cristo em nosso meio, destacando que a festa do Natal é um convite universal à humanidade.

A mensagem natalina para a atualidade

No mundo atual, em que o Natal muitas vezes é reduzido a consumismo e superficialidade, as palavras de Santo Agostinho soam como um potente lembrete. O verdadeiro espírito do Natal reside na capacidade de acolher a simplicidade e a fragilidade do nascimento de Cristo, assim como na compaixão pelos humildes e aflitos. O bispo plurissecular nos ensina que ao refletir sobre o Natal, devemos nos perguntar como podemos trazer um pouco dessa humildade e alegria para nossas vidas e para aqueles que nos cercam.

Neste 25 de dezembro, quando nos reunimos em torno da mesa e trocamos presentes, que possamos também abrir nossos corações para a mensagem de renovação e esperança que a Encarnação nos traz. Assim, a celebração do Natal se torna um momento não apenas de festa, mas de profunda reflexão e conexão com a essência divina que habita entre nós.

Assim, revivemos o convite de Santo Agostinho a vivenciarmos uma alegria verdadeira, enraizada na humildade da encarnação, para que possamos, de fato, celebrar o Natal com um espírito renovado e solidário.

Leia mais sobre as reflexões de Santo Agostinho no Vatican News.

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