À medida que 2025 se aproxima do fim, o Brasil enfrenta um cenário econômico de resiliência, com crescimento do PIB de 2,4% e inflação ao redor de 4,3%, mas ainda lidando com dificuldades fiscais e desafios sociais que irão moldar as decisões em 2026, ano das eleições presidenciais.
Economia em recuperação e dificuldades fiscais
O ano de 2025 foi marcado por uma recuperação moderada na economia brasileira, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo 2,4%, enquanto a taxa Selic permanece em 15% ao ano. Segundo projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), a dívida bruta/PIB deve atingir 79% ao final do ano, alimentando preocupações com o aumento dos gastos públicos e a captura do orçamento por grupos de interesse.
Desafios do cenário fiscal
Apesar do crescimento econômico, o cenário fiscal permanece instável devido à trajetória crescente de despesas, vinculação de gastos e gastos parafiscais que, mesmo não contabilizados na contabilidade oficial, comprometem o futuro financeiro do país. Segundo especialistas, esses fatores aumentam a pressão sobre as contas públicas e dificultam reformas estruturais.
Mercado de trabalho e desigualdades
O mercado de trabalho encerra o ano com taxa de desemprego em níveis historicamente baixos, impulsionando renda e consumo. Contudo, a qualidade do emprego, medida por formalização e produtividade, revela problemas estruturais, que envolvem educação deficiente, baixa qualificação e infraestrutura limitada.
Desafios estruturais
Para promover uma melhora duradoura na qualidade do emprego, será necessário enfrentar questões como a baixa taxa de investimento em capital físico e tecnológico. Essas decisões, que exigirão coragem política, continuam sendo adiadas, mesmo diante dos sinais de necessidade de mudanças profundas.
O contexto eleitoral e a sociedade brasileira
O ambiente político de 2026 será influenciado, sobretudo, pelas escolhas feitas durante o processo eleitoral de outubro, com campanhas que devem focar não apenas em propostas, mas também em debates mais construtivos. Pesquisa recente da Quaest, encomendada pela Globo, revela que o Brasil está menos polarizado do que indica a narrativa comum, apresentando um espectro mais plural com nove clusters de posições ideológicas.
Diversidade de opiniões e grupos míticos
Entre os grupos que irão moldar o próximo governo estão os Liberais Sociais e os Empreendedores Individuais, ambos representando cerca de 5% da população cada. Essas parcelas podem determinar o rumo da eleição e, por consequência, as políticas públicas adotadas.
Perspectivas de união e esperança
Apesar das divisões tradicionais, pesquisas indicam que há mais pontos de convergência do que se imagina, como a valorização da família, a fé e o medo comum diante de incertezas. Esses fatores podem abrir espaços para debates mais colaborativos e um futuro mais justo e próspero para o Brasil.
O momento exige decisões corajosas que, embora difíceis, poderão transformar o país. Como ressalta o autor Felipe Nunes no livro “Brasil no Espelho”, entender a pluralidade da população é fundamental para construir uma nação mais integrada e resiliente. Que 2026 seja um ano de luz e renovação para o Brasil.
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