Nesta quinta-feira (25), os Estados Unidos lançaram ataques contra alvos do ISIS na Nigéria, em um contexto de aumento da tensão após semanas de alertas do governo americano. O presidente Donald Trump afirmou que a ofensiva foi uma resposta direta às ações do grupo terrorista que, segundo ele, tem alvo principalmente cristãos na região noroeste do país africano.
Detalhes das operações militares americanas na Nigéria
De acordo com informações do The New York Times, mais de uma dúzia de mísseis Tomahawk foram disparados de um navio da Marinha dos EUA, atingindo duas instalações insurgentes no estado de Sokoto. Uma gravação de nove segundos publicada pelo Departamento de Defesa americana mostra os mísseis sendo lançados a partir de uma embarcação no oceano.
O comandante do Comando Africano dos EUA, General Dagvin Anderson, confirmou que múltiplos objetivos do ISIS foram atingidos e que os esforços de cooperação com as forças nigerianas e regionais estão sendo intensificados para conter a ameaça terrorista.
Reações locais e internacionais
O impacto da ofensiva foi sentido pelos moradores próximos ao local do ataque. Abubakar Sani, residente na área, relatou: “À medida que os mísseis se aproximaram, o calor aumentou, nossas casas começaram a tremer e o fogo se espalhou. O governo nigeriano precisa tomar medidas para proteger os cidadãos. Nunca vivemos algo assim antes.”
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou na rede social X que novas ações militares podem ocorrer no futuro e destacou a cooperação do governo nigeriano na operação, cujo esquema de inteligência foi fundamental para o sucesso do ataque.
Contexto político e ameaças de Trump
O ataque ocorre após Trump reforçar sua postura combativa em relação à violência religiosa na Nigéria, que ele atribui a uma perseguição aos cristãos. Ele chegou a instruir o Departamento de Defesa a preparar uma intervenção militar “guns-a-blazing”, caso o governo nigeriano continue permitindo a violência contra essa população.
O ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Yusuf Tuggar, confirmou que o presidente Bola Tinubu autorizou a operação após conversas com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. A ofensiva marca uma escalada nas tensões entre os Estados Unidos e grupos extremistas na África ocidental, refletindo o aumento da instabilidade na região.
Perspectivas futuras e repercussões internacionais
Analistas avaliam que o ataque pode representar uma mudança na estratégia de Washington no combate ao extremismo na África, embora também gere preocupações sobre uma escalada de conflito na região. A cooperação entre os governos local e americano é vista como essencial para conter a ameaça do ISIS e proteger civis inocentes.
Espera-se que novos desdobramentos ocorram nas próximas semanas, com possíveis ações adicionais e maior envolvimento internacional na região.


