Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China revelou que irá sancionar vinte empresas de defesa dos Estados Unidos, incluindo nomes como Northrop Grumman, L3Harris, operações da Boeing em St. Louis e Vantor (anteriormente Maxar Intelligence). As medidas incluem o congelamento de ativos na China e a proibição de negócios com entidades chinesas.
Sanções e restrições direcionadas a executivos e empresas
Além das ações contra corporações, a China também mira executivos de defesa, como Palmer Luckey, fundador da Anduril Industries, e Dan Smoot, presidente da Vantor. Seus ativos serão congelados no país e suas relações comerciais e entradas em territórios como Hong Kong e Macau serão barradas.
Reação oficial e contexto geopolítico
Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, “quaisquer ações provocativas que ultrapassem a linha na questão de Taiwan serão respondidas com firmeza.” A China considera Taiwan uma província rebelde e intensificou a pressão militar sobre a ilha desde a posse do presidente Lai Ching-te, em maio de 2024.
As sanções chinesas vêm após Washington aprovar um pacote de até US$ 11 bilhões em armas para Taiwan, incluindo mísseis, drones e sistemas de artilharia, algo considerado uma provocação por Pequim. O Departamento de Estado dos EUA afirmou que a venda foi autorizada pela Administração Biden na semana passada.
Impacto limitado e implicações econômicas
Apesar do rigor das sanções, o impacto na prática tende a ser limitado, pois muitos executivos e empresas sancionados possuem pouca ou nenhuma presença na China. Algumas dessas entidades já estavam na lista de não confiáveis do Ministério do Comércio.
Especialistas avaliam que o cerco econômico visa mais uma demonstração de poder do que uma tentativa de escalada: “A China mantém suas posições sobre Taiwan, mas busca evitar uma crise mais profunda na relação com os EUA”, afirma o analista Rafael Dias, especialista em política internacional.
Contexto global e tensões atuais
O tema de Taiwan permanece um ponto central na disputa entre EUA e China. Em uma ligação recente, Xi Jinping reafirmou que o retorno de Taiwan à China é uma “parte integrante da ordem internacional do pós-guerra”. Mesmo assim, os dois países procuram manter um equilíbrio na relação, com acordos de trégua em questões comerciais, incluindo o acesso da China a terras-raras essenciais para setores estratégicos.
Segundo especialistas, as sanções chinesas representam uma resposta simbólica a uma das maiores vendas de armas feitas pelos EUA a Taiwan, reforçando a postura assertiva de Pequim sem uma escalada mais ampla de conflito.
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