Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Educação digital e IA: como preparar os jovens para a era da desinformação

Na Abraham Lincoln High School, em San Francisco, educadores estão treinando estudantes a reconhecer conteúdos falsificados e a compreender as motivações por trás de influenciadores digitais. A iniciativa visa preparar os jovens para um mundo online em rápida transformação, onde a desinformação evolui em ritmo acelerado e as plataformas de redes sociais enfraqueceram suas políticas de moderação.

Leitura digital e identificação de conteúdos falsos

A professora Valerie Ziegler, de 50 anos, lidera aulas em que os alunos aprendem a consultar diferentes fontes, distinguir deepfakes de imagens reais e verificar a autenticidade de perfis nas redes. Segundo ela, a evolução da inteligência artificial torna cada vez mais difícil detectar conteúdos manipulados, mesmo por profissionais especializados.

Em sala, os estudantes praticam exercícios que envolvem checar fatos de posts históricos no TikTok e identificar sinais de falsificação, como vídeos gerados por IA que apresentam características visuais e comportamentais suspeitas. “Sinto que isso é só o começo”, disse Zion Sharpe, de 17 anos, ao observar a repetição de traços em vídeos feitos por IA.

Desafios na política pública e na escola

Paisagem legislativa e políticas de ensino variam pelo país. A Califórnia lidera uma pressão para incluir o letramento digital no currículo, mas muitas regras ainda estão em fase de implementação, com previsão de concretização somente até 2026. Grande parte das ações é voluntária ou pouco eficaz diante do avanço da IA e da propagação de fake news.

De acordo com o relatório do Media Literacy Now, oito em cada dez adolescentes já viram alguma teoria conspiratória nas redes sociais, sendo que muitos se sentem inclinados a acreditar nelas. Entre os exemplos atuais estão campanhas de desinformação sobre a eleição de 2020, além de vídeos ultrarrealistas gerados por IA que dificultam a fiscalização eleitoral para 2026.

A importância da alfabetização midiática na era da inteligência artificial

Especialistas destacam a urgência de desenvolver habilidades de letramento midiático e digital. O ex-cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, chegou a sugerir que as escolas ensinem o uso responsável de IA e os riscos associados. Nos estados, mais de duas dezenas já aprovaram leis que obrigam o ensino de redes sociais, saúde mental, cyberbullying e desinformação.

Segundo o estudo do News Literacy Project, apenas 40% dos adolescentes receberam instruções formais sobre o tema em sala de aula. Para Ziegler, o trabalho dos educadores precisa acelerar: “Devemos fornecer habilidades para lidar com qualquer tecnologia que surja. Estamos aprendendo junto com eles”.

Resistência e possibilidades de preparação

Apesar do cenário desafiador, há avanços, como a criação de projetos colaborativos e recursos gratuitos, como os oferecidos pelo Stanford CRAFT, para capacitar professores e estudantes. A prática de checar informações, compreender algoritmos e reconhecer sinais de manipulação é fundamental para fortalecer a autonomia dos jovens na internet.

“Este é o ponto de partida”, afirma Xavier Malizia, de 17 anos. “Sabemos que ainda há muito mais por vir, e precisamos estar preparados”.

Para saber mais sobre os riscos e estratégias de combate à desinformação, acesse este artigo completo.

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