Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Natal em Belém: Deus entra na história sem esperar por melhorias

No Natal celebrado em Belém, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, destacou que um dos principais mensagens do Natal é que Deus “não espera que a história melhore para entrar nela”, mas a abraça com sua presença. Durante sua homilia, o cardeal explicou que o nascimento de Jesus ocorre dentro de um contexto histórico concreto, reforçando que Deus não cria uma história paralela nem entra no mundo somente quando tudo está ordenado e pacificado.

O significado teológico do nascimento de Cristo na história

Ao comentar sobre o início do Evangelho de São Lucas, que relata o decreto do imperador Augusto para o recenseamento, Pizzaballa afirmou que esse detalhe possui grande significado teológico. “A própria história que parece autosuficiente torna-se o espaço onde Deus cumpre sua promessa,” ressaltou, acrescentando que “nenhum tempo é realmente perdido, nem toda situação é demasiado sombria para que Deus habite nela.”

O patriarca destacou ainda que, embora o decreto do imperador pareça dominar a cena, “sem que ele perceba, torna-se uma ferramenta de um plano maior”. Em uma reflexão sobre a lógica do poder, que “conta, registra e governa”, Deus responde com a lógica do dom, dando seu Filho na fragilidade de “um bebê sem poder”.

O Natal como escola de responsabilidade

Pizzaballa lembrou que o Natal não é uma fuga dos problemas do mundo. “O Natal não é um refúgio que nos afasta da tensão do tempo presente,” alertou, mas uma “escola de responsabilidade”, pois Cristo “não espera que as circunstâncias sejam favoráveis: ele as habita e as transforma.”

Sobre a promessa de paz na noite do nascimento de Jesus, o Patriarca esclareceu que ela não representa uma paz superficial. “Não se trata de um mero equilíbrio de forças ou de frágeis acordos,” explicou, mas do “fruto da presença de Deus na história.” Ainda assim, esse convite à paz “é dado, mas também confiado,” e só se concretiza quando encontra “corações dispostos a recebê-la e mãos prontas a protegê-la.”

Realidades difíceis e esperança natalina

Diretamente do Oriente Médio, Pizzaballa reconheceu que a realidade atual ainda é marcada por feridas profundas. “Vivemos anos de grande sofrimento, com guerra, violência, fome e destruição que afetam muitas vidas, sobretudo de crianças,” admitiu. Contudo, ele ressaltou que, justamente nesse contexto, a mensagem do Natal ressoa com maior força.

Por fim, o Patriarca exortou a não permanecer neutro diante das complexidades da história. “A escuridão do mundo pode ser profunda, mas não é definitiva,” afirmou. “A luz de Belém não cega, ela ilumina o caminho,” e é transmitida “de coração a coração, por meio de gestos humildes, palavras de reconciliação e decisões diárias por paz.”

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