Nesta quinta-feira (25/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou uma posição firme sobre o caso do servidor da Controladoria-Geral da União (CGU), David Cosac Junior, de 49 anos, que foi flagrado agredindo uma mulher e seu filho na região de Águas Claras, em Brasília. O vídeo da agressão, divulgado pela imprensa, gerou indignação e levou o mandatário a determinar a expulsão imediata do agressor.
A reação do presidente Lula
Em um post na rede social X, Lula descreveu a situação como “inadmissível”, destacando a necessidade de uma resposta robusta do Poder Público diante de um ato tão violento, especialmente considerando que se tratava de um servidor federal. “A agressão covarde é inaceitável e precisa de uma resposta firme”, disse, enfatizando a importância de responsabilizar o agressor. Por isso, ele ordenou ao controlador-geral da União, Vinícius de Carvalho, a abertura de um processo interno para expulsar o auditor do serviço público.
Compromisso com o combate à violência
O presidente também ressaltou que “não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam eles onde estiverem”. Afirmou que é fundamental que um servidor público seja um exemplo de conduta, tanto em sua vida profissional quanto pessoal. “O combate ao feminicídio e a toda forma de violência contra as mulheres é um compromisso e uma prioridade do meu governo”, concluiu Lula.
O caso do servidor e a revolta pública
O vídeo que expôs a brutalidade do auditor foi divulgado pela colunista Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles. Nele, Cosac aparece golpeando a mulher e a criança em uma garagem de um prédio. De acordo com informações apuradas, o servidor possui um salário mensal de R$ 25 mil e, apesar do crime cometido, ainda continua solto. A revelação dos fatos causou indignação entre os cidadãos, que pedem não apenas a punição do agressor, mas também uma reflexão sobre a postura de servidores públicos diante de situações de violência.
Posição da CGU
O ministro Vinícius Carvalho, por sua vez, manifestou-se formalmente por meio de uma nota, onde repudiou a situação e reafirmou que a CGU tomará as medidas cabíveis. “Violência contra mulheres e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana”, afirmou Carvalho. Ele também garantiu que a CGU acompanhará o caso e adotará atitudes rigorosas em conformidade com a legalidade.
A importância de uma resposta firme
O episódio traz à tona uma discussão mais ampla sobre as agressões a mulheres e crianças no Brasil, além de resgatar a importância de respostas firmes do governo e da sociedade civil. Em um contexto em que a violência familiar e contra a mulher são alarmantes, a atitude de Lula reflete a urgência de medidas efetivas para erradicar esse problema. É crucial que todos os níveis do poder público estejam imbuídos em combater a cultura da violência e a impunidade que muitas vezes permeia esses casos.
Na sociedade, cresce a expectativa de que o caso de David Cosac Junior não seja um evento isolado, mas sim um ponto de partida para um olhar mais atento às questões de violência doméstica e a promoção da dignidade e dos direitos humanos. Espera-se que a CGU, sob a direção de Vinícius Carvalho, torne-se um exemplo de compromisso com esses valores e uma referência em ações efetivas de prevenção à violência.
Enquanto o clamor pela justiça em nome das vítimas ecoa pelo Brasil, o comprometimento das autoridades em adotar posturas claras e decisivas é fundamental para que casos como este não se repitam. O caso de David Cosac deve servir como um alerta e um chamado à ação para todos nós, refletindo a necessidade de um olhar coletivo sobre a proteção de quem mais precisa.



