Na manhã do dia 7 de setembro de 2025, a Polícia Militar (PM) de São Paulo divulgou uma homenagem ao subtenente Paulino Cristovam da Silva, que faleceu tragicamente em um acidente durante as preparações para o desfile em comemoração ao Dia da Independência do Brasil. A corporação pagou uma indenização de R$ 200 mil à família do policial, valor correspondente ao seguro de vida para agentes de segurança pública mortos no exercício da função. O caso destaca tanto a tragédia pessoal quanto a preocupação com a segurança e o bem-estar dos policiais em serviço.
A indenização e as circunstâncias da morte
A indenização foi confirmada por Dirceu Walber Gonçalves de Lima, advogado que representa a família de Paulino. O valor será dividido entre as irmãs, um irmão e uma sobrinha do subtenente, que residem em São Paulo e Pernambuco. O falecimento de Paulino ocorreu durante um treinamento preparatório da Cavalaria da PM, um dia antes de sua aposentadoria, provocando uma onda de tristeza e reflexão sobre a segurança dos policiais em serviço.
Paulino, de 52 anos, caiu de seu cavalo, Quero-Quero, quando supostamente desmaiou. De acordo com o coronel Emerson Massera, a causa da morte foi um traumatismo craniano, e a PM considera a situação um acidente de trabalho. Os relatos de testemunhas indicam que o cavalo disparou, culminando na queda do subtenente, que se machucou gravemente. Apesar de não existir vídeo do momento da queda, a repercussão do acidente foi imensa nas redes sociais e na imprensa.
O legado de Paulino Cristovam da Silva
Paulino dedicou 32 anos de sua vida à Polícia Militar e sempre demonstrou compromisso com seu trabalho, participando ativamente das comemorações do 7 de setembro. No dia 6 de setembro de 2025, um vídeo gravado por um amigo mostrava Paulino empolgado, mencionando sua aposentadoria programada para o dia seguinte. Infelizmente, o que deveria ser um momento de celebração tornou-se um episódio trágico.
O sepultamento de Paulino ocorreu no Mausoléu da Polícia Militar, com honras militares e a presença de colegas e autoridades, incluindo o governador Tarcísio de Freitas. Uma árvore foi plantada em sua memória, simbolizando a continuidade de sua presença na história da Cavalaria da PM. A homenagem foi reforçada no desfile de 7 de setembro deste ano, quando a corporação apresentou um cavalo sem montaria para representar a ausência do subtenente, evidenciando a importância de sua contribuição à PM e sua memória entre seus companheiros.
Homenagens e próximos passos
A declaração de que a PM considera a morte de Paulino um acidente de trabalho garante à família o direito de receber a indenização. Com a confirmação de que ele não concorreu diretamente para a causa do acidente, a corporação reassegurou o compromisso com a segurança dos policiais durante as atividades. Os colegas de Paulino lembraram-no não apenas como um profissional exemplar, mas também como um amigo querido que será lembrado por sua dedicação e amor ao trabalho.
A busca por esclarecimentos sobre as circunstâncias exatas do acidente permanece com a família, que deseja compreender todos os detalhes da tragédia. Isso não apenas poderá trazer conforto a eles, mas também contribuir para a melhoria das práticas de segurança na PM, para que tragédias semelhantes não se repitam no futuro.
Com o aumento do valor da indenização em 2013, que dobrou de R$ 100 mil para R$ 200 mil, a sociedade ganha uma nova perspectiva sobre a proteção e a honra devidas aos agentes de segurança pública que se dedicam a servir e proteger a população, mesmo diante das adversidades e perigos do cotidiano.
O legado de Paulino Cristovam da Silva permanece vivo na memória da PM e das comunidades que ele serviu, reforçando a importância de valorizar os que vivem em função da segurança pública e defendem a sociedade até o último momento de suas vidas.


