O governo federal publicou ontem, no Diário Oficial da União, o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que reajusta o salário mínimo para o ano de 2026. Com um percentual de 6,79%, o piso nacional sobe de R$ 1.518 para R$ 1.621, valendo a partir de 1º de janeiro, com pagamento previsto para fevereiro.
Por que o salário mínimo foi fixado em R$ 1.621?
O valor definido supera a cifra que resultaria da correção apenas pela inflação, cujo índice, medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), acumulado de dezembro de 2024 a novembro de 2025, ficou em 4,18%. Segundo avaliação oficial, o aumento de 2026 reflete a retomada da política de valorização do salário mínimo, uma promessa de campanha do presidente Lula, que prevê reajustes reais vinculados ao crescimento econômico.
Se fosse seguida apenas a regra constitucional de correção pela inflação, o salário mínimo chegaria a aproximadamente R$ 1.582. Contudo, o governo optou por um reajuste acima da inflação, promovendo ganhos reais no poder de compra dos trabalhadores, aposentados, pensionistas e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Quando o novo valor entra em vigor?
O salário mínimo de R$ 1.621 começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026 e será pago a partir de fevereiro do mesmo ano. Para quem recebe esse piso ou múltiplos, o valor é uma referência para calcular benefícios previdenciários e sociais.
O histórico do reajuste do salário mínimo
Durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o reajuste do salário mínimo foi realizado apenas com base na inflação, sem aumento real de poder aquisitivo. Já na atual gestão, há uma retomada da valorização, com o piso acima da inflação, resultado de uma política implementada por Lula que busca fortalecer a renda dos trabalhadores.
Segundo especialistas, essa política visa melhorar o nível de vida da população mais vulnerável, além de impulsionar o consumo e gerar impacto positivo na economia.
Impactos e expectativas para 2026
O aumento do salário mínimo deve beneficiar milhões de trabalhadores e aposentados, além de influenciar reajustes de benefícios sociais, como o Bolsa Família, cujo calendário de pagamento de 2026 já foi divulgado pelo governo. A combinação entre a inflação e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, estimado em 3,4%, indica que o reajuste poderá chegar até R$ 1.636 se a fórmula completa fosse aplicada.
Contudo, a legislação de dezembro do ano passado limita o ganho real do salário acima da inflação a 2,5%, em conformidade com o arcabouço fiscal, o que reduziu o valor final do reajuste.
A medida reforça a prioridade do governo na valorização do salário mínimo, consolidando a tendência de recuperação dos salários reais e contribuindo para o aumento do poder de compra da população.
Mais detalhes sobre o reajuste e seus efeitos podem ser encontrados na matéria completa no site do Globo.
