Nesta quarta-feira (24/12), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) expressaram sua satisfação e apoio após a vitória de Nasry Asfura, candidato conservador alinhado a Donald Trump, na recente eleição presidencial de Honduras. Com um discurso que enfatiza a força da direita na América Latina, ambos os parlamentares destacam essa eleição como uma vitória contra o socialismo na região.
A reação dos Bolsonaros
Flávio Bolsonaro usou suas redes sociais para parabenizar o novo presidente eleito: “Meus cumprimentos ao presidente eleito de Honduras, Nasry Asfura. O povo hondurenho fortalece o movimento da direita na América Latina e diz não ao Foro de São Paulo. Que Deus ilumine os passos do novo governo.” O senador acredita que esse movimento sinaliza um avanço para a direita na América Latina, que, segundo ele, enfrenta um panorama dominado por ideologias socialistas.
Na mesma linha, Eduardo Bolsonaro parabenizou Asfura, ressaltando que “o povo hondurenho derrotou a candidatura de esquerda, apoiada por Zelaya, e disse não ao socialismo.” Para Eduardo, este resultado reflete uma tendência crescente à direita na política latino-americana e reafirma o desejo popular por políticas conservadoras.
A importância da eleição
A vitória de Asfura, que obteve 40,3% dos votos contra 39,5% de seu rival do Partido Liberal, Salvador Nasralla, marca a continuidade da administração conservadora em Honduras, já que Asfura sucede Xiomara Castro, que retornou a esquerda ao poder em 2021. A eleição foi realizada no dia 30 de novembro, mas sua divulgação oficial ocorreu apenas agora, após semanas de espera, marcada por atrasos e denúncias de fraude.
“Honduras: estou pronto para governar. Não vou decepcionar vocês,” escreveu Asfura em suas redes sociais após sua vitória. Ele promete focar em políticas voltadas para emprego, segurança, educação e infraestrutura, além de sinalizar um possível realinhamento da política externa do país.
Desafios eleitorais em Honduras
Apesar da vitória, o processo eleitoral em Honduras não foi isento de polêmicas. O órgão eleitoral (CNE) precisou realizar a contagem manual de cerca de 15% das atas de votação devido a problemas técnicos. Tal situação levanta questões sobre a integridade do processo e a confiança na gestão eleitoral do país. O ceticismo quanto à transparência e a credibilidade das eleições tem sido um tema recorrente não apenas em Honduras, mas em vários países da América Latina.
Nasry Asfura é um político que vem de uma história controversa, sendo filho de palestinos e já mencionado nos “Pandora Papers”. Contudo, ele se apresenta como um líder pragmático, prometendo governar com foco nas necessidades do povo e na estabilidade econômica e social do país. Seu histórico como prefeito de Tegucigalpa e as propostas durante a campanha, que incluem uma possível aproximação com Pequim, contrastam com o governo anterior, o que pode mudar o rumo da política externa do país.
A reação internacional
O resultado da eleição em Honduras reverberou além do país, especialmente na América Latina onde muitos líderes conservadores celebraram a vitória de Asfura como um sinal de esperança para a direita na região. Além disso, as mensagens de apoio dos Bolsonaros refletem a construção de uma aliança entre os grupos políticos conservadores da América Latina, que buscam fortalecer suas bases e agir em conjunto contra forças progressistas e socialistas.
Este novo panorama em Honduras e o apoio dos Bolsonaros a Asfura ilustram uma movimentação maior entre os partidos de direita na América Latina, que veem na vitória de Asfura uma chance de promover seus valores e ideais na política regional, buscando unir forças em torno de eixos conservadores e democráticos.
Com esta vitória, os Bolsonaros expressam uma confiança renovada no futuro político da direita na América Latina, esperando que mais países sigam o exemplo de Honduras e reflitam a crescente insatisfação com as políticas centrais e à esquerda.
Neste contexto, aguarda-se como o governo de Nasry Asfura irá interagir com outros países da região e quais serão os impactos em sua política externa. O desenrolar da situação em Honduras será um tema de grande interesse para observadores políticos que acompanham as mudanças na dinâmica de poder na América Latina.


