Na última segunda-feira (22), o caso trágico de Maria Aurinete da Silva Nascimento, servidora pública, chocou a população de Piripiri, no Norte do Piauí. Em um ato de violência extrema, Maria foi assassinada com golpes de faca, supostamente pelo marido, José Oliveira do Nascimento. O crime está sendo investigado como feminicídio, e o suspeito permanece internado sob custódia policial.
Relato do crime e medidas de proteção
A delegada Polyana Oliveira, encarregada do caso, informou que Maria Aurinete havia solicitado uma medida protetiva de urgência contra José apenas quatro dias antes de sua morte. No dia 18 de dezembro, a vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (Deamgv) de Esperantina, pedindo que o autor se retirasse de sua residência.
Infelizmente, essa ação não foi suficiente para garantir a segurança de Maria. No dia do crime, vizinhos relataram ter ouvido gritos vindos da casa do casal e encontraram a mulher gravemente ferida. A polícia foi acionada, mas Maria não sobreviveu aos ferimentos.
Contexto do relacionamento
De acordo com informações da investigação, o relacionamento entre Maria e José era conturbado. A delegada Polyana explicou que a servidora estava considerando terminar a convivência, situação que pode ter gerado um desfecho trágico. “A vítima mantinha relacionamento conjugal com o autor há alguns anos. O relacionamento encontrava-se conturbado, havendo intenção recente da vítima de encerrar a convivência”, disse.
Este crime é um triste retrato do contexto de violência doméstica que afeta muitas mulheres no Brasil. O feminicídio é uma questão alarmante e revela a urgência de uma maior atenção às medidas de proteção para mulheres em situação de risco.
Condições do suspeito
Após o assassinato, José Oliveira do Nascimento tentou tirar a própria vida, mas foi impedido e socorrido por familiares. Ele está internado em um hospital em Piripiri e é monitorado pela polícia. Segundo relatos, José apresentava um comportamento alterado devido ao consumo excessivo de álcool nos últimos dias.
Os familiares do suspeito confirmaram que ele estava sob influência de bebidas alcoólicas no momento do crime, o que pode ter contribuído para o ato de violência.
Consequências e reflexões
A morte de Maria Aurinete não é um caso isolado, mas sim parte de um padrão alarmante de feminicídios registrados em todo o país. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, milhares de mulheres são assassinadas anualmente, muitas vezes após terem solicitado ajuda e proteção.
A luta contra a violência de gênero acende um chamado à sociedade para que se mobilize e ative políticas públicas mais eficazes, que assegurem a proteção das mulheres e a punição adequada para os agressores. É necessário que as denúncias não sejam apenas ouvidas, mas que resultem em ações concretas para proteger as vítimas e prevenir futuros tragédias.
A história de Maria Aurinete deve servir como um alerta e um lembrete de que muitas mulheres ainda enfrentam a opressão e a violência dentro de seus lares. Mobilizar a sociedade e as autoridades é essencial na luta pelos direitos das mulheres e pela construção de um futuro mais seguro para todas.
Para mais informações sobre casos de violência de gênero e redes de apoio, as mulheres podem procurar a Delegacia da Mulher em suas cidades ou acessar serviços de acolhimento e aconselhamento.

