Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Justiça mantém afastamento de prefeito de Ribeira por mais 3 meses

A Justiça de Apiaí decidiu prorrogar o afastamento do prefeito de Ribeira (SP), Ari do Carmo (PSD), por mais três meses. A medida, que tem como fundamento acusações de má gestão e fraude, destaca a necessidade de preservar a integridade do processo investigativo em andamento. O prefeito, que já havia sido afastado em setembro, é acusado de usar R$ 100 mil em compras sem licitação e de práticas irregulares que incluem contratação de servidores fantasmas e fraudes em concurso público.

Acusações e afastamento do prefeito

A decisão mais recente, publicada em 18 de dezembro, foi embasada na continuidade das investigações e na possibilidade de interferência do prefeito nos processos. O juiz Victor Caetano Lima salientou o risco de Ari voltar a influenciar servidores e manipular documentos ao retornar ao cargo. A vice-prefeita, Juliana Maria Teixeira da Costa, também enfrenta problemas legais, com acusações de desvio de R$ 41,2 mil.

O primeiro afastamento de Ari ocorreu em setembro, após uma decisão judicial que negou um pedido de afastamento feito pelo Ministério Público (MP), ao considerar que não havia provas suficientes para justificar tal ação. Na ocasião, o juiz destacou a importância da estabilidade na administração municipal, especialmente com a vice-prefeita também afastada. No entanto, algumas obrigações foram impostas à prefeitura, com risco de multa diária em caso de descumprimento.

Denúncias graves e consequências

As denúncias envolvendo Ari do Carmo incluem contratações ilegais, como a presença de uma ‘servidora fantasma’ na Secretaria de Saúde, que recebeu R$ 27,5 mil por serviços que nunca foram prestados. Além disso, o MP identificou transferências de R$ 7,5 milhões em pagamentos informais entre janeiro e julho de 2025, o que acende ainda mais a gravidade das acusações.

Desrespeito às medidas judiciais

Em setembro, ainda na fase de investigação, Ari teria descumprido medidas impostas e autorizado o empenho de R$ 100 mil para pagamento a uma empresa de medicamentos sem o devido processo licitatório. A defesa alega que não houve descumprimento, uma vez que os produtos foram entregues anteriormente. No entanto, o juiz Yuri Rodrigues Barberino, responsável pelo caso, contestou essa defesa, indicando indícios de dolo e a possibilidade de fraude.

Barberino enfatizou que houve tentativas de encobrir irregularidades, mencionando que a justificativa da defesa era superficial e contrária aos fatos. Ele reforçou que havia evidências de que Ari tinha conhecimento sobre as práticas irregulares, caracterizando o que chamou de “conduta de cegueira deliberada”.

Impactos na administração pública

A continuidade do afastamento de Ari do Carmo e o envolvimento da vice-prefeita em irregularidades expõem a fragilidade da administração pública na cidade de Ribeira. A situação levanta preocupações não apenas sobre a gestão atual, mas também sobre a confiança da população nas instituições locais.

Por meio das redes sociais, a repercussão das ações judiciais e as denúncias contra os gestores têm gerado intensos debates entre os moradores da cidade, que clamam por uma administração mais transparente e comprometida com o bem-estar público. Com uma população que já é considerada a menor do Vale do Ribeira, a expectativa é que as apurações resultem em mudanças positivas na gestão pública de Ribeira.

A Justiça deve continuar acompanhando o caso de perto, e novos desdobramentos podem surgir à medida que as investigações avançam. Os próximos meses serão cruciais para esclarecer os fatos e buscar responsabilização por possíveis atos de improbidade administrativa.

A situação em Ribeira é um lembrete da importância da vigilância sobre a administração pública e da necessidade de mecanismos eficazes de controle e fiscalização para evitar abusos de poder e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira adequada.

Para mais informações sobre a evolução deste caso, acompanhe nosso canal.

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