Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Ponte JK é reinaugurada um ano após desabamento trágico

No dia 22 de dezembro de 2025, a ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte JK, foi reinaugurada um ano após seu desabamento trágico, que resultou em 14 mortes e deixou três desaparecidos. Entre os sobreviventes, Jairo Rodrigues, de 37 anos, se destaca não apenas por ter escapado com vida, mas também pelo profundo relato emocional sobre a perda de sua esposa, Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e de sua filha, Cecília, de apenas 3 anos. O acidente, que ocorreu entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), deixou cicatrizes profundas na vida de muitos e levantou questões sobre a segurança da estrutura.

Jairo Rodrigues compartilha sua dor

Em suas redes sociais, Jairo tem sido vocal sobre seu luto, expressando a sequência insuportável de dias sem suas amadas. Ele destacou que, embora a nova ponte esteja em operação, a dor das famílias afetadas permanece. “A ponte voltará a funcionar, mas a vida das minhas meninas e das outras vítimas não. Até hoje nada foi feito. Tantas famílias estão sofrendo e continuaremos sofrendo o resto de nossas vidas”, desabafou em um vídeo.

O acidente não só levou vidas, mas também destruiu sonhos e famílias. Jairo, hoje um educador físico, encontrou na corrida uma forma de expressar sua dor. “Saio para correr, ou melhor, chorar”, comentou, revelando como a atividade física o ajuda a lidar com sua perda.

Implicações da tragédia

O desabamento da ponte foi atribuído a uma combinação de excesso de peso e falta de manutenção, levando à ausência de ações concretas em relação aos responsáveis. O laudo da Polícia Federal indicou que a estrutura não estava em condições seguras e reforçou a necessidade de um olhar mais atento para a infraestrutura brasileira. Embora o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) tenha iniciado investigações, não houve indiciamentos ou prisões até o momento.

Jairo, em suas postagens nas redes sociais, menciona frequentemente o quão a ausência de suas familiares é como um peso que ele carrega todos os dias. “O que tenho ouvido de muitos é que essa dor vai diminuindo com o tempo, mas não está sendo assim. Todo dia parece que foi ontem”, lamentou.

A nova ponte e o futuro das vítimas

A reinauguração da nova Ponte JK contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, e dos governadores do Tocantins e do Maranhão. Durante a cerimônia, o ministro anunciou que o DNIT estava preparado para indenizar as vítimas do desabamento, mas destacou que o processo de checagem para determinar o valor das indenizações ainda estava em andamento.

“Assim que o devido processo legal for cumprido, faremos a indenização completa de todos”, afirmou o ministro, ressaltando que a recuperação das famílias afetadas deve ser uma prioridade para o governo.

Investigação em andamento

A apuração sobre o desabamento da Ponte JK segue em curso com a Polícia Federal. Embora as perícias já tenham sido concluídas, a conclusão do inquérito permanece indefinida. As investigações estão focadas em elucidar as responsabilidades pela tragédia e determinar ações necessárias para evitar futuros acidentes semelhantes.

A dor que Jairo e outras famílias sentem é um lembrete visceral da necessidade de infraestrutura segura e manutenção regular. O esforço da comunidade em se lembrar das vítimas e exigir justiça é um passo crucial na recuperação de suas vidas.

Conclusão

O caso da Ponte JK não é apenas uma tragédia; é um chamado para refletirmos sobre os desmandos que permitem que tais acidentes ocorram. A reinauguração, embora simbolize esperança e renovação, também deve servir como um lembrete constante de que vidas foram perdidas e que a perseverança na busca por justiça deve continuar. Jairo Rodrigues, ao partilhar sua história e experiências, não apenas homenageia suas amadas, mas também luta por um futuro mais seguro para todos.

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