Pesquisadores anunciaram a descoberta do túmulo de Tutmés II, faraó que governou o Egito entre 1493 e 1479 a.C.. Essa é a primeira sepultura real identificada desde a famosa descoberta do túmulo de Tutancâmon em 1922. A tumba foi localizada na região do Monte de Tebas, perto de Luxor, durante escavações de uma missão conjunta entre arqueólogos do Egito e do Reino Unido.
Confirmação da identidade do faraó
Inicialmente, os especialistas acreditavam que o local poderia pertencer a uma rainha consorte, devido à proximidade com outros túmulos femininos. No entanto, a descoberta de vasos de alabastro com inscrições do nome de Tutmés II e de sua esposa, Hatshepsut, confirmou que se tratava da sepultura do faraó.
Entre os elementos que indicam a importância da tumba está o teto pintado de azul com estrelas amarelas, um detalhe decorativo presente apenas em tumbas reais.
Túmulo sofreu danos ao longo dos séculos
Apesar da importância da descoberta, muitos dos artefatos funerários foram danificados ou saqueados ao longo dos séculos. Os arqueólogos acreditam que uma inundação pouco depois da morte de Tutmés II pode ter causado estragos significativos na tumba.
Entre os fragmentos encontrados, destacam-se trechos do Livro de Amduat, um texto religioso essencial para guiar o faraó em sua jornada no além-vida.
Importância da descoberta
Essa descoberta ajuda a esclarecer mistérios sobre a localização de tumbas da XVIII dinastia, um dos períodos mais marcantes do Egito Antigo. Além disso, reforça a relevância de Tutmés II e Hatshepsut, que se tornou uma das poucas mulheres a governar como faraó.
O achado representa um marco na arqueologia egípcia e pode fornecer novas pistas sobre os rituais funerários e as crenças religiosas da época.