Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Casal é assaltado dentro do mar por criminosos em moto aquática no litoral de SP

No último domingo, 21 de dezembro, um casal que desfrutava de um dia de lazer no mar de São Vicente, litoral de São Paulo, foi surpreendido por um assalto inusitado. Dois homens, utilizando uma moto aquática, se aproximaram das vítimas e realizaram a abordagem, levando as alianças do casal. Este episódio ilustra uma crescente preocupação com a segurança nos espaços públicos, mesmo em atividades aparentemente tranquilas como um passeio de caiaque.

O assalto no mar e as investigações em andamento

A Polícia Civil de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (23), a identificação de um dos suspeitos, um homem de 19 anos. Ele ainda não foi preso, mas as investigações seguem ativas, com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) buscando capturar todos os envolvidos. As imagens do assalto, que circulam nas redes sociais, revelam a audácia dos criminosos, que operam em uma área de lazer pública e, segundo testemunhas, alcançaram as vítimas a cerca de 100 metros da praia.

O incidente ocorreu na Praia dos Milionários, onde uma gravação feita por um banhista mostra não só o ataque, mas também o desespero das crianças que brincavam na areia enquanto o casal era abordado em alto-mar. O vídeo revelou o momento em que os assaltantes bateram no marido da mulher, fazendo com que ele caísse no mar.

A experiência traumática das vítimas

Em entrevista, a mulher de 47 anos descreveu o terror vivido durante o assalto. “Eles chegaram com a moto aquática e fizeram uma derrapada jogando água em nós. Depois disso, nos cercaram e pediram as alianças. Meu marido tentou argumentar dizendo que éramos moradores da cidade, mas isso só pareceu irritá-los mais”, contou ela. A situação escalou rapidamente e, segundo o relato, os assaltantes começaram a agredir o marido dela com os remos, causando lesões na perna e na cabeça.

O temor de uma tragédia aumentou quando a mulher percebeu que, se seu esposo desmaiasse, ele poderia se afogar. Após a brutalidade, o casal entregou suas alianças e os criminosos fugiram. “Foi uma sensação horrível de impunidade”, lamentou a mulher. Após o ataque, ela procurou ajuda de um policial próximo, mas se sentiu desamparada quando foi informada que nada poderia ser feito naquele momento.

Reforços no policiamento e a resposta das autoridades

A SSP informou que desde o dia 15 de dezembro, o litoral paulista conta com uma operação de policiamento intensificado, chamada Operação Verão, que mobilizou mais de 4 mil policiais. O objetivo é aumentar a segurança nas áreas de lazer, especialmente nas praias, onde atividades turísticas e recreativas ocorrem em grande volume. Entretanto, o fato de assaltos ocorrendo dentro do mar levanta questionamentos sobre a eficácia das medidas de segurança implementadas.

A Prefeitura de São Vicente destacou que a Polícia Militar atendeu à ocorrência e que uma fiscalização foi realizada na noite do crime. A Capitania dos Portos também foi acionada, embora tenha afirmado não ter recebido notificações oficiais sobre o incidente. Segundo a Marinha do Brasil, questões relativas à segurança pública são de responsabilidade dos órgãos competentes e sua prioridade é a segurança da navegação.

A busca por justiça e medidas de segurança adicionais

As vítimas pedem uma resposta mais efetiva das autoridades. “Precisa ter policiamento no mar”, enfatizou a mulher, acrescentando que um registro de ocorrência foi feito, mas sente que mais deve ser feito para garantir a segurança dos cidadãos e turistas. O caso chamou a atenção para a necessidade de um olhar mais cuidadoso em relação à segurança pública em ambientes aquáticos, onde a proteção parece ser ainda mais desafiadora.

Com o intuito de prevenir futuros incidentes e garantir a proteção das pessoas, espera-se que as autoridades aumentem o patrulhamento nas águas e busquem formas inovadoras de proteção em áreas de lazer popular. O assalto ocorrido em São Vicente é um alerta à sociedade e juntamente com o poder público, destaca a urgência de garantias de segurança em todos os espaços.

Por fim, o caso ilustra não apenas um incidente isolado, mas uma série de perguntas sobre as responsabilidades das autoridades na proteção de cidadãos em lugares que deveriam ser sinônimo de descanso e diversão. A comunidade local espera mudanças e ações concretas que evitem que tragédias como esta voltem a acontecer.

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