O presidente Lula decidiu substituir Nísia Trindade por Alexandre Padilha no comando do Ministério da Saúde. A mudança, confirmada por aliados do governo, faz parte de uma reforma ministerial mais ampla, que inclui também ajustes em outras pastas estratégicas.
Movimentações no governo
Além da nomeação de Padilha para a Saúde, outra alteração praticamente certa é a entrada da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macêdo.
O Centrão também pressiona por mais espaço na Esplanada dos Ministérios e reivindica a pasta de Relações Institucionais, atualmente ocupada por Padilha. Caso a negociação avance, o cargo pode ser entregue a um nome indicado pelo bloco, reforçando o apoio do governo no Congresso.
Saúde sob nova direção
A substituição de Nísia Trindade ocorre em meio a críticas sobre sua gestão, especialmente em relação a:
- Baixa cobertura vacinal, com doses de imunizantes vencidas;
- Crise da dengue, com aumento expressivo de casos no país;
- Dificuldades na implementação do programa Mais Especialidades, voltado para ampliar consultas médicas no SUS.
Com a chegada de Alexandre Padilha, Lula busca dar uma nova dinâmica ao ministério e melhorar a eficiência na gestão da saúde pública.
Reorganização política
A movimentação ministerial também reflete a necessidade de consolidar alianças políticas. O Centrão, que já comanda ministérios como Desenvolvimento Social e Esportes, tenta ampliar sua influência no governo.
As mudanças devem ocorrer nas próximas semanas, à medida que Lula busca garantir estabilidade política e eficiência administrativa.