O Hamas anunciou na sexta-feira (21) que está investigando um possível erro na identificação de um corpo entregue a Israel sob um acordo de cessar-fogo. O governo israelense contesta que os restos mortais de Shiri Bibas, sequestrada junto com seus filhos em outubro de 2023, tenham sido realmente entregues. Após exames forenses, Israel identificou que os restos mortais não pertenciam a Shiri nem a nenhum refém, aumentando as tensões no cessar-fogo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ameaçou retaliar.
Erro na identificação dos corpos
O grupo palestino deveria ter entregue os corpos de Shiri Bibas, seus filhos Kfir e Ariel e do idoso Oded Lifshitz. No entanto, após exames, Israel confirmou que:
- Os corpos dos meninos Bibas e de Lifshitz estavam corretos.
- O quarto corpo era de uma mulher não identificada, e não de Shiri Bibas.
O Hamas justificou que os bombardeios israelenses misturaram corpos de reféns e palestinos e afirmou que não tem interesse em descumprir acordos. O grupo disse ainda que investigará o caso e divulgará os resultados.
Reação de Israel e ameaça de retaliação
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o erro e classificou o episódio como uma “violação cruel” do acordo de cessar-fogo. Em um vídeo, prometeu que o Hamas “pagará” pela troca do corpo de Shiri pelo de uma mulher palestina.
- “A crueldade dos monstros do Hamas não conhece limites”, disse Netanyahu.
- “Eles não devolveram Shiri com seus filhos, mas colocaram no caixão o corpo de uma mulher de Gaza”.
O caso da família Bibas gerou comoção internacional. Shiri e seus filhos foram sequestrados no kibutz Nir Oz e se tornaram símbolos do sofrimento dos reféns.
Erro na entrega e resposta do Hamas
O Hamas admitiu que os restos mortais de Shiri Bibas podem ter sido misturados a outros corpos devido aos bombardeios israelenses em Gaza. O grupo afirmou estar investigando o caso e prometeu divulgar os resultados de forma transparente.
A entrega dos corpos ocorreu em uma cerimônia coreografada pelo Hamas, onde réplicas de bombas americanas foram colocadas ao lado dos caixões, sugerindo que as vítimas morreram em ataques israelenses.