A recente revelação do ator Marcos Pitombo sobre sua experiência de perseguição por um stalker levantou um importante debate sobre a segurança e o tratamento de casos de stalking no Brasil. O relato de Pitombo surgiu após a prisão do stalker da também atriz Isis Valverde e destaca o impacto psicológico e prático que situações como essa podem causar na vida de uma vítima.
A experiência de Marcos Pitombo
Em um depoimento sincero, Pitombo descreveu como a situação afetou sua rotina e seus hábitos diários. Segundo o ator, a perseguição começou nas redes sociais, com mensagens de teor sexual e declarações como “eu sou o amor da sua vida”. Com o tempo, essas interações virtuais evoluíram para uma presença física deliberada, incluindo visitas ao teatro onde ele se apresentava.
“Vivo em alerta. Isso mudou a minha rotina, meus hábitos”, declarou Pitombo. O temor constante de ser vigiado o levou a considerar a possibilidade de abandonar seu trabalho no teatro. O ator confessou que, em várias ocasiões, pensou em parar de atuar para se proteger.
Ações tomadas por Pitombo
Diante da situação alarmante, Pitombo decidiu agir. Ele registrou queixa na polícia e, para formalizar o registro, teve que fotografar o suspeito. A Justiça concedeu uma medida protetiva, mas, mesmo assim, as ameaças e intimidações continuaram. O ator relatou ter procurado as autoridades três vezes devido ao aumento da gravidade da situação.
“Ele disse que acabaria com a vida de uma amiga”, contou Pitombo, referindo-se a intimidações que amigos e pessoas próximas também sofreram em decorrência do stalker. Essa dinâmica de ameaça não apenas aumentou sua insegurança, mas também exigiu que ele se preocupasse com a segurança de quem ama.
A importância de denunciar o stalking
De acordo com especialistas, a perseguição constante e obsessiva, como a que Marcos vivenciou, é considerada crime. A promotora Mariah Soares reafirmou a necessidade de as vítimas procurarem ajuda das autoridades. “Esse comportamento obsessivo é crime. A vítima deve procurar a polícia ou o Ministério Público”, alertou.
Em 2024, o Brasil registrou mais de 95 mil casos de stalking, um aumento de 18% em relação ao ano anterior, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Essa estatística alarmante pode ser ainda maior, pois muitas vítimas não denunciam por medo ou vergonha.
O impacto do stalking na vida das vítimas
A situação de Marcos Pitombo não é um caso isolado. Muitos artistas e pessoas comuns podem se ver em situações semelhantes, em que a segurança e a liberdade são minadas por perseguições insistentes. O impacto psicológico pode ser profundo, levando as vítimas a experimentar ansiedade, depressão, e até mesmo mudanças na rotina, como no caso do ator.
É crucial que as vítimas de stalking saibam que não estão sozinhas e que é necessário denunciar esses comportamentos. “É importante denunciar e não esperar que algo mais grave aconteça”, aconselhou Pitombo, ressaltando a importância de agir antes que as situações se agravam.
Finalizando o alerta
O relato de Marcos Pitombo enfatiza a gravidade da questão do stalking e a urgência em criar um ambiente onde vítimas se sintam seguras para denunciar e buscar proteção. Espera-se que sua coragem em compartilhar essa experiência incentive outras vítimas a fazer o mesmo e que haja um aumento nas políticas públicas voltadas para a proteção de cidadãos contra este tipo de crime.
É fundamental que todos se unam na luta contra o stalking e que, juntos, possamos criar um mundo mais seguro para todos.


