O mercado financeiro voltou a diminuir as expectativas para a inflação no Brasil, segundo o mais recente Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Para 2025, a projeção do IPCA caiu de 4,36% para 4,33%, marcando a sexta redução consecutiva, sinalizando um cenário de controle inflacionário mais firme.
Perspectivas de inflação e crescimento econômico
Para 2026, a expectativa de inflação também recuou, de 4,10% para 4,06%, o quinto recuo seguido nesta estimativa. Em contrapartida, as previsões para 2027 e 2028 permaneceram estáveis em 3,80% e 3,50%, respectivamente, refletindo uma trajetória mais lenta de convergência à meta central.
Além das expectativas inflacionárias, o Boletim Focus apontou uma leve revisão para cima na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,25% para 2,26%. Para 2026, a estimativa foi mantida em 1,80%, indicando uma recuperação moderada da atividade econômica brasileira.
Previsões cambiais e indicadores de inflação
Quanto ao dólar, o mercado aumentou sua projeção para o câmbio neste ano, de R$ 5,40 para R$ 5,43, refletindo as altas recentes e a volatilidade do mercado cambial. Na semana passada, o dólar fechou a R$ 5,5289, com alta de 2,19%.
Inflamação e cenário para 2024
Na expectativa de inflação para dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira o IPCA-15, que deve registrar alta de aproximadamente 0,40%. Caso se confirme, o indicador fechará o ano com uma inflação em torno de 4,57%, ligeiramente acima do limite superior da meta estabelecida pelo Banco Central.
Impactos e perspectivas
Especialistas avaliam que a redução nas projeções de inflação sinaliza uma maior confiança na condução da política monetária e na estabilização da economia brasileira. Entretanto, o cenário externo e as flutuações cambiais continuam como fatores de risco para a trajetória de preços no país.
Ao mesmo tempo, o ajuste marginal nas previsões de crescimento indica uma perspectiva de retomada mais gradual, ainda que positiva, do dinamismo econômico nacional. Essas informações constam do Boletim Focus de dezembro.


