O Ministério da Agricultura iniciou uma investigação para apurar possíveis fraudes na comercialização do chamado “café fake”, produtos rotulados como “pó para preparo de bebida sabor café”. A suspeita é que esses produtos contenham cascas, grãos defeituosos e aromatizantes, sem a presença real da polpa do café, como informado nos rótulos.
Fiscalização e apreensão dos produtos suspeitos
A operação do Ministério da Agricultura concentrou-se nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, onde foram apreendidos produtos e matéria-prima utilizados na fabricação. Segundo a pasta, a apreensão foi cautelar e as mercadorias passarão por análises laboratoriais detalhadas.
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Hugo Caruso, afirmou que ainda não há comprovação de fraude, mas os indícios justificam uma investigação rigorosa.
“Os produtos foram apreendidos e estão sendo analisados. Somente após a conclusão das análises poderemos afirmar se os produtos são realmente uma fraude”, explicou Caruso.
Possível fraude no mercado de café
As denúncias apontam que esses produtos estariam sendo vendidos como café, mas poderiam conter misturas de qualidade inferior, comprometendo a autenticidade e o sabor da bebida. A suspeita principal recai sobre a utilização de ingredientes que não correspondem ao que está declarado nas embalagens.
Caso a fraude seja confirmada, os responsáveis poderão sofrer sanções administrativas e criminais, além do recolhimento obrigatório dos produtos do mercado.
Impactos para o consumidor e o setor cafeeiro
O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo, e qualquer irregularidade na comercialização do produto pode prejudicar tanto os consumidores quanto a reputação da indústria cafeeira nacional.
Especialistas alertam que o consumo de um produto adulterado pode comprometer a qualidade da experiência do consumidor e levantar preocupações sanitárias.
Enquanto a investigação segue em andamento, o Ministério da Agricultura recomenda que os consumidores fiquem atentos às embalagens e optem por produtos certificados por órgãos reguladores.
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