Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Mercado de usados deve atingir 18 milhões de veículos negociados em 2025

O mercado de veículos usados no Brasil deve superar 18 milhões de unidades negociadas em 2025, segundo projeções da Fenauto, federação que representa os varejistas do setor. Com uma alta de 15% em relação a 2024, o segmento registra recordes históricos, impulsionado pelo crescimento das vendas de seminovos e pelo aumento da procura por motoristas autônomos.

Pico de vendas e perfil do comprador

Até a segunda semana de dezembro, foram negociados 17,9 milhões de carros usados, incluindo 3,3 milhões de seminovos, ultrapassando com folga os 15,7 milhões de todo o ano passado. Segundo Enilson Sales, presidente da Fenauto, consumidores que usam o carro para trabalhar representam a maioria dessa demanda. “Motoristas de aplicativos e entregadores são os maiores responsáveis por esse movimento”, afirma.

Autônomos e facilidade de aquisição

Estudo da Amobitec, que reúne principais plataformas de logística, aponta crescimento de 35% no número de motoristas inscritos nas apps de transporte entre 2022 e 2024, chegando a 1,72 milhão, inclusive motociclistas. André Porto, diretor executivo da associação, explica que muitos autônomos veem no usado uma alternativa acessível e flexível para gerar renda.

Impacto do mercado de seminovos

A venda de veículos seminovos e usados está em alta, com a expectativa de que a categoria seja responsável por grande parte do faturamento das locadoras, que também ajudam a inundar o segmento com veículos de 2 a 3 anos de uso, graças ao aumento de preços dos novos. O crédito mais acessível para usados, mesmo com juros elevados, favorece essa preferência, com 3,8 milhões de carros financiados até outubro, contra 2,2 milhões de zero quilômetro.

Compra por trabalhadores autônomos

Dharllem Rocha, motorista de Uber de 24 anos, representa esse perfil de comprador. Ela busca um carro usado para substituir o aluguel, que chega a R$ 700 por semana, por um veículo próprio. Ela tenta financiar um Prisma 2015, avaliado em R$ 54.900, mas enfrenta dificuldades na entrada devido às altas despesas. “Hoje, só penso em comprar meu carro para trabalhar”, diz ela.

Novo cenário e tendências

Com o aumento da tecnologia embarcada nos veículos novos e a maior exigência regulatória, os preços dos carros zero continuam altos, incentivando a preferência pelos seminovos. Além disso, o crescimento das plataformas digitais e a autonomia dos motoristas contribuem para a expansão desse mercado, que deve manter seu ritmo de crescimento nos próximos anos.

Segundo Andrea Serra, diretora da Anfavea, o setor de veículos novos também apresenta crescimento, com previsão de alta de 5% na produção, totalizando 2,7 milhões de veículos até o fim de 2025, o que não preocupa a robustez do mercado de usados.

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