Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Cúpula do Mercosul revela frustração com negociação da UE

No último sábado (20/12), durante a cúpula do Mercosul realizada em Foz do Iguaçu, os líderes dos países integrantes do bloco expressaram sua frustração com o adiamento da assinatura do acordo comercial com a União Europeia, que está em negociação há 26 anos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não pôde comparecer ao encontro, fator que contribuiu para a não formalização do acordo que tinha avançado nas discussões até então.

Frustração com a assinatura do acordo comercial

A cúpula, presidida pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, também contou com a presença de chefes de Estado da Argentina, Paraguai, Uruguai e um representante da Bolívia. Um dos principais pontos abordados no comunicado conjunto foi a decepção em relação à falta de consenso político na União Europeia, que impediu a assinatura do acordo, conforme afirmaram os líderes.
“[Os líderes] expressam desapontamento com a não assinatura do Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia, como previsto para a ocasião, por falta de consenso político sobre o Acordo nas instâncias comunitárias europeias”, destaca o documento.

Os presidentes enfatizaram que o texto do acordo representa um equilíbrio cuidadosamente alcançado após longas e difíceis negociações. Eles acreditam que a assinatura do acordo enviaria uma mensagem positiva ao mundo, contribuindo para fortalecer a integração entre as nações do Mercosul e da União Europeia em um momento econômico global desafiador.

A situação da Venezuela durante a cúpula

Embora a Venezuela tenha sido um tópico debatido no encontro, o país não foi mencionado no comunicado final. Atualmente, a nação sul-americana enfrenta crescentes tensões com os Estados Unidos, que inclui especulações sobre intervenções militares. O presidente Donald Trump já havia aventado a possibilidade de ações contra a Venezuela, o que foi recebido com preocupação pelos líderes da cúpula.
Durante os discursos de abertura, Lula e o presidente argentino Javier Milei apresentaram posturas divergentes sobre a questão venezuelana. Lula criticou a presença militar norte-americana nas proximidades do país vizinho e alertou que uma intervenção armada representaria uma “catástrofe humanitária” para toda a região.

“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados”, comentou Lula.

Por outro lado, Milei utilizou sua fala para criticar o governo de Nicolás Maduro, chamando-o de “narcoterrorista” e descrevendo seu regime como uma “ditadura atroz e inumana”.

Outros tópicos abordados

Além do foco no acordo com a União Europeia e na situação da Venezuela, a cúpula discutiu a importância da integração dos mercados de biocombustíveis e a criação de normas que facilitem a integração fronteiriça entre os países associados ao Mercosul. Os líderes concordaram que a colaboração entre as nações poderia impulsionar uma transição para fontes de energia mais sustentáveis.

[Presidentes] coincidiram, ainda, na importância de avançar na integração dos mercados de biocombustíveis e promover discussões sobre combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), com vistas à convergência regulatória e à atuação coordenada em fóruns internacionais.

A cúpula contou com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Javier Milei (Argentina), Santiago Peña (Paraguai), Yamandú Orsi (Uruguai) e do ministro de Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Hugo Aramayo Carrasco.

Em suma, a reunião em Foz do Iguaçu destacou a necessidade urgente de superar divergências políticas e econômicas entre os países e buscar um futuro de maior cooperação, enfatizando tanto a importância do acordo com a União Europeia quanto a necessidade de enfrentar os desafios regionais impostos pela instabilidade na Venezuela.

Ainda há esperanças de que um novo acordo possa ser alcançado, e a União Europeia já manifestou expectativa de que a assinatura do acordo possa ocorrer em 12 de janeiro próximo.

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