Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Ministério Público e Prefeitura de Senhor do Bonfim liberam guerra de espadas

No coração do norte da Bahia, a tradicional “guerra de espadas” de Senhor do Bonfim, que vem gerando polêmica nos últimos anos, foi oficialmente autorizada a voltar às festividades a partir de 2026. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado na última sexta-feira (19) entre o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a Prefeitura Municipal e a Associação Cultural dos Espadeiros, definindo as condições sob as quais o evento poderá ocorrer.

O que diz o Termo de Ajustamento de Conduta

O TAC estipula que a “guerra de espadas” deverá ser realizada em um local específico, denominado “espadódromo”, que atenderá a vários protocolos técnicos de segurança. Segundo o MP-BA, a principal preocupação é proteger a comunidade ao redor do evento. Assim, o espaço deverá estar isolado, com uma distância segura de hospitais, escolas, residências e postos de combustíveis. O descumprimento das cláusulas estabelecidas pode resultar em uma multa diária de R$ 20 mil para a prefeitura e a associação.

Medidas de segurança implementadas

Entre as várias medidas de segurança que deverão ser implantadas, destacam-se a iluminação de emergência, rotas de fuga sinalizadas e a presença de brigadistas. Um ponto importante é a instalação de unidades de saúde em alerta total durante a festividade, garantindo que qualquer eventualidade possa ser prontamente atendida.

Espadas regulamentadas e segurança no evento

Além disso, o acordo prevê que apenas “espadas” que atendam às normas técnicas do Exército Brasileiro serão permitidas. A Associação Cultural dos Espadeiros deverá apresentar o Certificado de Registro (CR) do fabricante e submeter os artefatos a uma vistoria prévia antes do evento. Essas medidas visam minimizar riscos e garantir a segurança dos participantes e da comunidade local.

A tradição em risco

A “guerra de espadas” é uma prática tradicional que atrai muitos espectadores e é parte integrante da cultura local em Senhor do Bonfim. Nos últimos anos, no entanto, a prática enfrentou pressões legais e preocupações com a segurança pública, levando à sua proibição temporária. Este novo acordo representa um esforço conjunto das autoridades para rescindir qualquer mal-entendido e restaurar a tradição de uma forma que priorize a segurança de todos os envolvidos.

Expectativas e repercussões

Para muitos moradores e entusiastas da cultura local, a decisão é um alivio. Nela, a esperança de recuperar um evento que simboliza a identidade cultural da região é palpável. O reconhecimento das tradições pelas autoridades mostra um esforço em promover a cultura, sem descuidar das questões de segurança tão essenciais em um evento desse porte.

Apesar da liberação, a realização da “guerra de espadas” não ocorrerá de maneira desordenada como em anos anteriores, mas sob a supervisão cuidadosa de especialistas em segurança e saúde pública. Empresários locais também devem sentir um impacto positivo com o retorno da festa, pois eventos dessa magnitude tendem a atrair turistas e movimentar a economia local.

Conclusão

A mediação entre o MP-BA, a prefeitura e a Associação Cultural dos Espadeiros representa um esforço conciliatório para valorizar as tradições, ao mesmo tempo em que se busca a proteção da população. Com isso, espera-se uma “guerra de espadas” segura e feita de forma responsável, celebrando, assim, a resistência cultural e a união da comunidade de Senhor do Bonfim.

Para mais informações sobre as próximas etapas do acordo e detalhes sobre a “guerra de espadas”, fique atento às atualizações nos canais de notícias locais.

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