Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Moradores do Grajaú protestam contra a violência

No último sábado (20), moradores do Grajaú, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, se mobilizaram em um protesto urgentemente necessário contra a crescente onda de violência que assola a região. O evento aconteceu poucas horas depois de um tiroteio envolvendo dois criminosos que tentaram assaltar um policial militar de folga, resultando em um dos suspeitos sendo baleado. A situação alarmante retrata um clima de medo que não é novidade para os residentes do bairro.

A mortandade crescente e o sentimento de insegurança

Ampliando um ciclo já preocupante, apenas uma semana antes do protesto, o comerciante Paulo Roberto Pires da Rocha, de 71 anos, perdeu a vida em uma tentativa de assalto ao chegar em casa. Ele foi atacado na Rua Botucatu, enquanto estava no carro com sua esposa, que conseguiu sobreviver ao ataque. De acordo com informações da Polícia Civil, a ação criminosa envolveu quatro assaltantes em três motos, demonstrando a audácia do crime na área.

Dona Marilda, uma das moradoras mais antigas do Grajaú, expressou seu descontentamento e preocupações dizendo: “Não existe mais como caminhar pelo bairro em paz.” Muitas mulheres na comunidade compartilham o mesmo receio, saindo de casa com medo de serem atacadas. Esse sentimento de vulnerabilidade foi o que motivou a mobilização da comunidade.

O protesto e suas reivindicações

Com um forte apelo por segurança, o protesto reuniu não apenas os moradores do Grajaú, mas também pessoas de bairros vizinhos. A caminhada começou na Praça Verdun e se estendeu pela Rua Barão de Mesquita e outras áreas, com gritos pedindo paz e segurança. A pauta central dos protestantes incluiu uma solicitação pela presença da polícia nas ruas: “Policial bom é policial em ronda. O que a gente precisa é uma polícia de inteligência, com uso de câmeras que fazem reconhecimento facial,” destacou Ilan Wettreich, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Grajaú (Amagraja).

Um olhar sobre os números da violência

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) corroboram o sentimento de insegurança entre os moradores: entre janeiro e novembro deste ano, os roubos de rua cresceram 21% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dos itens roubados, os celulares foram os mais visados, com um aumento de 37% nos assaltos envolvendo esses dispositivos. Surpreendentemente, a única categoria em que os números mostraram queda foi na de roubos de veículos, que diminuiu 54%. Apesar dessa diminuição hipotética, a violência continua a impactar vidas de forma severa.

Recentemente, o presidente de outra associação de moradores também foi vítima de assalto quando seu carro foi roubado em uma ação violenta, o que demonstra que, independentemente da categoria específica de crime, a sensação de insegurança permanece alta na região. Lupércio Ramos, presidente da Associação de Moradores do Grajaú (Amgra), comentou sua própria experiência: “Já fui vítima da violência aqui no bairro. O que acontece é que a polícia está sem efetivo.”

A necessidade de uma solução efetiva

A crescente onda de violência no Grajaú destaca a urgência de respostas mais eficazes das autoridades locais. Com o aumento na criminalidade e a sensação geral de insegurança, fica evidente que a comunidade necessita de medidas mais incisivas para restaurar a paz e confiança entre os moradores. O ato de protesto no Grajaú é um chamado à ação, não apenas para os responsáveis pela segurança, mas para que toda a sociedade se una em busca de soluções que garantam uma vida pacífica para todos. A mudança não pode esperar.

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