Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Mercosul cria comissão para combate ao crime organizado transnacional

Durante a cúpula do Mercosul, realizada neste sábado em Foz do Iguaçu (PR), o chanceler brasileiro Mauro Vieira anunciou a criação de uma comissão destinada ao combate do crime organizado transnacional. Esta iniciativa visa promover uma resposta coordenada entre os países membros do bloco, reunindo especialistas e representantes de diversos órgãos envolvidos na segurança pública.

Objetivos da nova comissão

A comissão será composta por integrantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, do Interior, além de membros do Ministério Público e policiais. Especialistas em lavagem de dinheiro e recuperação de ativos também farão parte do grupo, cuja meta é aprimorar a estratégia do Mercosul contra o crime organizado em um cenário de crescente sofisticação das organizações criminosas no continente.

Em suas declarações, Vieira enfatizou que esta ação é parte de uma estratégia mais ampla para reforçar a segurança pública na região. “Estamos convencidos que daremos um salto qualitativo em nossa segurança pública, que se fará sentido no dia a dia dos nossos cidadãos”, afirmou o chanceler. As declarações refletem uma compreensão da gravidade da situação, especialmente diante da pressão internacional sobre a Venezuela em relação ao combate ao narcotráfico.

Desafios contemporâneos da segurança pública

O contexto atual não é simples. Com a crescente influência de facções do crime organizado em diversas nações sul-americanas e uma pressão internacional por ações mais efetivas, o governo Lula tem buscado tornar a questão da segurança pública uma prioridade em suas agendas. A comissão buscará, segundo Vieira, nortear o trabalho das autoridades competentes na prevenção, investigação e repressão do crime organizado, baseado em ações de inteligência e sinergias existentes entre os países membros.

Expectativas para a cúpula e o futuro do bloco

Ao encerrar a presidência temporária do Mercosul pelo Brasil, a cúpula também traz à tona outras questões importantes, como o aguardado acordo de comércio com a União Europeia. Embora houvesse uma expectativa de que a reunião selasse a assinatura do acordo, as resistências de alguns países europeus, especialmente Itália e França, resultaram no adiamento da formalização da parceria, que agora pode ser realizada apenas em janeiro.

Além de Lula, o encontro em Foz do Iguaçu contou com a presença dos presidentes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Uruguai, Yamandú Orsi. O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, foi representado pelo chanceler, e o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, também participou do evento após a recente adesão do país ao bloco.

A importância da cooperação regional

A criação da comissão para o combate ao crime organizado transnacional representa um passo significativo na busca pela cooperação regional em assuntos de segurança. A união de esforços entre países com realidades tão distintas pode ser uma chave valiosa para enfrentar os desafios que emergem nesse contexto. A experiência compartilhada e o fortalecimento das capacidades institucionais são essenciais para construir um ambiente mais seguro para os cidadãos sul-americanos.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) e outras instituições têm enfatizado a importância de iniciativas colaborativas no combate ao crime organizado. A expectativa é que, com a nova comissão do Mercosul, os países membros possam desenvolver políticas comuns que não só enfrentem a criminalidade, mas também promovam a inclusão social e o desenvolvimento econômico, reduzindo assim as condições que frequentemente levam ao envolvimento em atividades ilícitas.

É um momento crucial para os países do Mercosul e seus cidadãos, e todos esperam que ações concretas saiam dessa cúpula, contribuindo para um futuro mais seguro e próspero para todos.

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