Durante a reunião da cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, no Paraná, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a França, isoladamente, não conseguirá bloquear o acordo comercial entre o bloco e a União Europeia. Segundo Lula, teve uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von Der Leyen, que afirmou estar disposta a assinar o tratado no começo de janeiro.
Posicionamento de Lula sobre o acordo Mercosul-UE
Lula afirmou que “se ela estiver pronta para assinar e faltar só a França, não haverá possibilidade de o país europeu, sozinho, impedir o acordo”. Ele reforçou a expectativa de que o tratado seja firmado ainda no primeiro mês da presidência do Paraguay, pelo presidente Santiago Pena.
“O acordo será assinado e espero que seja no início do próximo mandato do Paraguai”, completou, destacando a perspectiva de avanço nas negociações. A declaração ocorre em meio às tensões atuais com países europeus e o debate sobre as condições do tratado.
Negociações e cenário internacional
De acordo com o presidente, a liderança da União Europeia está aberta à assinatura do acordo, o que indica que o obstáculo principal estaria na posição de países específicos, sobretudo a França. Na reunião, Lula também destacou a importância do acordo para fortalecer o comércio regional e criar oportunidades econômicas.
Segundo fontes do governo, a disposição de Von Der Leyen e de Portugal, cujo primeiro-ministro, António Costa, também apoia a assinatura, indica uma evolução nas negociações. “A compreensão entre as partes deve facilitar a assinatura do tratado nas próximas semanas”, afirmou um diplomata sob condição de anonimato.
Implicações para o Mercosul
O acordo entre Mercosul e União Europeia é considerado uma das principais metas de integração econômica do bloco sul-americano, com potencial de ampliar exportações e atrair investimentos. A expectativa é que, após a assinatura, o comércio entre os mercados seja impulsionado de forma significativa.
Especialistas avaliam que a iniciativa pode fortalecer a posição do Mercosul no cenário internacional e promover maior cooperação entre os países integrantes. No entanto, ressalvam a necessidade de alinhamento político e social para garantir uma implementação eficaz.



