Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Morre Lindomar Castilho, o rei do bolero, aos 85 anos

O cantor Lindomar Castilho, uma das figuras mais icônicas da música brega brasileira, faleceu neste sábado, 20 de dezembro, aos 85 anos. A triste notícia foi confirmada por sua filha, Lili De Grammont, através de suas redes sociais. Embora a causa da morte ainda não tenha sido divulgada, a partida do artista deixa um vazio na cultura musical do Brasil.

A trajetória musical do rei do bolero

Lindomar Castilho ficou conhecido como o “Rei do Bolero”, um título que carrega o peso de uma carreira repleta de sucessos. Na década de 1970, o artista conquistou corações e conquistou o mercado fonográfico brasileiro com suas canções marcantes. Entre seus grandes sucessos, destacam-se “Vou rifar meu coração” e “Você É Doida Demais”, este último que se tornou tema da série “Os Normais”, exibida pela TV Globo entre 2001 e 2003.

Com sua voz inconfundível e dramática, Lindomar se destacou em um gênero musical que falava profundamente aos sentimentos e emoções do público. Foi um dos maiores vendedores de discos do país, seu talento o elevou ao panteão da música popular brasileira, deixando uma herança musical que ecoará por gerações.

Momentos sombrios da vida pessoal

Porém, a vida pessoal de Lindomar Castilho foi marcada por tragédias. Em 1981, o cantor foi condenado por assassinar sua segunda esposa, a também cantora Eliane de Grammont, durante uma apresentação em São Paulo. O crime, brutal e insensato, manchou sua carreira e a imagem que o público tinha do artista. Lindomar foi condenado a 12 anos de prisão, tendo cumprido parte da pena, o que o afastou do cenário musical por um tempo.

Após cumprir a pena, ele retomou sua carreira musical com um álbum ao vivo lançado em 2000, mas aos poucos foi se distanciando da vida artística, preferindo viver de forma reservada, longe dos holofotes e da mídia.

Reflexões sobre a vida e a morte

Em um desabafo emocional, sua filha Lili De Grammont expressou em suas redes sociais uma reflexão sobre a vida e a morte do pai. Lili afirmou que, para ela, “o pai morreu em vida” ao cometer o ato que destruiu sua família. Sua mensagem poderosa ressaltou a fragilidade da vida e a necessidade de olharmos para dentro de nós mesmos, buscando sempre evoluir e amar.

Ela escreveu: “O que fica é: Somos finitos, nem melhores e nem piores do que o outro, não somos donos de nada e nem de ninguém, somos seres inacabados, que precisamos olhar pra dentro e buscar nosso melhor.” Essas palavras tocam na essência da condição humana, lembrando sobre a vulnerabilidade que todos nós enfrentamos em algum momento de nossas vidas.

A herança de Lindomar Castilho

Lindomar Castilho deixa um legado musical significativo, porém, também lembramos que sua vida foi marcada por contornos de tragédia e reflexão. Sua obra continua a ressoar entre os fãs da música brega e aqueles que apreciam os ritmos nostálgicos da tradição musical brasileira.

A morte de Lindomar é um lembrete da complexidade da vida artística e das batalhas pessoais que muitas vezes permanecem ocultas sob a superfície do sucesso. Os artistas são, por suas naturezas, seres humanos falíveis, que navegam entre momentos de beleza e de tragédia.

Com a partida de Lindomar Castilho, perdemos não apenas um grande artista, mas também um símbolo de como a vida pode ser repleta de contrastes, desafios e música. O legado de seus boleros permanecerá nas lembranças e nos corações dos que o amaram e o apoiaram ao longo de sua trajetória.

Fonte: G1

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