Brasil, 20 de dezembro de 2025
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Brasileira com fibromialgia se torna campeã mundial de salsa

No cenário vibrante da dança, uma história de superação brilha intensamente. Priscila Barkmann, uma dançarina de 35 anos, natural de São Paulo, conquistou recentemente o título de campeã mundial na categoria salsa solo feminino durante o WDSF Caribbean Dances World Championship, realizado nos dias 6 e 7 de dezembro na Turquia. Essa conquista não apenas marca uma vitória pessoal, mas também representa um feito histórico para o Brasil, que pela primeira vez tem uma campeã mundial nesta modalidade. Diagnosticada com fibromialgia e enfrentando crises frequentes de enxaqueca, Priscila encontrou na dança um caminho de transformação e alívio para suas dores crônicas.

A dança como remédio

A história de Priscila com a dança começou de maneira inusitada, quando um médico recomendou a prática como forma de aliviar suas dores. “Ele disse que eu deveria começar uma atividade física, e isso estava na receita médica: natação ou dança”, compartilhou a dançarina. Assim, Priscila decidiu se inscrever nas duas atividades, mas foi a salsa que conquistou seu coração e a acompanhou ao longo da vida. Com o tempo, ela observou melhorias significativas em sua saúde. “As crises de enxaqueca que eu tinha a cada semana praticamente desapareceram e consegui controlar a fibromialgia sem depender de medicamentos”, contou.

De hobby a carreira

Inicialmente, a dança era apenas um hobby para Priscila, mas logo se tornou o centro de sua vida. Formada em Comunicação Institucional e Publicidade e Propaganda, ela atuava na área de marketing antes de perceber que a dança ocupava um espaço crescente em sua vida. “Eu comecei a receber propostas de trabalho na dança e percebi que estava perdendo tempo em minha carreira anterior”, explicou. Contudo, a decisão de mudar de carreira não foi simples, e a falta de apoio familiar foi um desafio significativo. “Meu círculo familiar estava preocupado com a questão financeira, pensando como um dançarino sobreviveria”, disse.

Apesar das dificuldades, Priscila construiu uma carreira sólida na dança, graduando-se pela Escola de Dança Teatro Guaíra e participando de diversas competições nacionais e internacionais, onde conquistou diversos títulos, incluindo o Dance Open Brasil e o Brasil Latin Open. O reconhecimento crescente de seu talento a levou a ser convidada para representar o Brasil no campeonato mundial, uma oportunidade que a fez sentir-se valorizada.

A preparação para o mundial

A preparação para o WDSF Caribbean Dances World Championship foi um novo capítulo em sua trajetória. Priscila conseguiu adaptar sua rotina de treinos para respeitar os limites impostos pela fibromialgia. “Eu organizei um treino que não sobrecarregasse meu corpo e descobri que estava treinando de forma intensa, mas respeitando meus limites”, disse. Essa abordagem permitiu que ela se preparasse adequadamente para a competição, que exigiu tanto uma coreografia ensaiada quanto a habilidade de improviso, tornando o desafio ainda mais intenso.

Um legado de inspiração

Hoje, além de competir, Priscila é uma inspiração como treinadora de salsa, realizando workshops e mantendo turmas online. “Eu amo ser professora e ver a evolução dos meus alunos. Espero formar campeões internacionais e abrir portas para novas gerações de dançarinos”, revelou. Através de sua experiência, Priscila personifica a ideia de que a dança é mais que uma forma de arte; é um caminho para a cura e a autoexpressão. “A dança é meu remédio diário, um alimento para a alma e uma conexão espiritual”, afirmou.

Com a conquista do título de campeã mundial, Priscila Barkmann não apenas engrandeceu seu nome na história da dança, mas também solidificou seu papel como um símbolo de resistência e superação, mostrando que, com paixão e dedicação, é possível transformar desafios em vitórias.

A história de Priscila é um lembrete poderoso de que, mesmo em face das dificuldades, é possível encontrar a força para dançar a vida e brilhar no próprio ritmo.

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