Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que os interesses por trás da crise na Venezuela vão muito além do combate ao tráfico de drogas, incluindo fatores econômicos e geopolíticos estratégicos. Entre esses interesses estão a busca por petróleo, a relação da Venezuela com a China e a tentativa de inserir empresas americanas no país sul-americano, conforme análise de especialistas na área de política internacional.
Política de energia e recursos estratégicos na Venezuela
Um dos principais fatores apontados é o interesse pelo petróleo venezuelano, uma das maiores reservas do mundo. Segundo analistas, essa riqueza é vista como um recurso estratégico para diferentes atores internacionais, que desejam controlá-la ou influenciar sua exploração. “O petróleo é uma peça central na geopolítica mundial, e a Venezuela possui uma posição privilegiada nesse cenário”, afirma o analista político João Pereira.
Relação entre Venezuela e China
Outro aspecto destacado pelos especialistas é a forte relação da Venezuela com a China, que tem repassado créditos e investimentos ao país para apoio às políticas de Nicolás Maduro. “A China utiliza a Venezuela como um ponto de influência na América do Sul, fortalecendo sua presença na região”, explica a especialista em relações internacionais Lúcia Almeida. Essas parcerias também envolvem setores econômicos estratégicos além do petróleo, como infraestrutura e tecnologia.
Interesses dos EUA e influência global
Além disso, há a intenção dos Estados Unidos de inserir empresas norte-americanas no mercado venezuelano, buscando assegurar interesses econômicos e políticos na região. “A presença de empresas americanas busca consolidar a influência dos EUA na Venezuela, na tentativa de conter a expansão da influência chinesa e russa”, avalia o especialista em política internacional Rafael Souza.
Implicações para a estabilidade regional
Os especialistas afirmam que esses fatores mostram uma disputa de poderes que vai além do narcotráfico, afetando a estabilidade política e econômica da Venezuela e da região. “Entender esses interesses é fundamental para compreender as ações internacionais e as possíveis soluções para a crise venezuelana”, destaca Lúcia Almeida.
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