O fenômeno de audiência que vem envolvendo a novela “Três Graças” tem nome e sobrenome: Lorena e Juquinha, interpretadas por Alanis Guillen e Gabriela Medvedovsky. Neste último dia 19, as atrizes participaram do programa “Encontro com Patrícia Poeta” e compartilharam suas impressões sobre o impacto inesperado que a relação entre suas personagens vem gerando, não apenas no Brasil, mas também em outros países.
O impacto da relação entre Lorena e Juquinha
A história do casal homoafetivo rapidamente conquistou o público, ganhando até mesmo o apelido carinhoso de #Loquinha nas redes sociais. Alanis e Gabriela comentaram a repercussão, que excedeu as expectativas dos criadores da novela. “Não esperava. Quando a gente foi convidada, não sabia que formaríamos um casal. A gente descobriu quando começou a ler que ia se encontrar”, relembrou Gabriela Medvedovsky, mostrando como a construção da narrativa se desenvolveu organicamente.
Alanis Guillen também se mostrou surpresa com o sucesso. “Fiquei muito surpreendida. A gente sempre espera uma aceitação do público, mas da maneira que foi, estou achando histórico, um fenômeno. Quando a narrativa se amplia nas redes, ela ganha potência e passa a existir na mesa de bar, nas famílias”, comentou a atriz, enfatizando o poder que a história teve de gerar debates e conexões no cotidiano das pessoas.
Construção cuidadosa da narrativa
As atrizes também atribuíram a força da relação ao cuidado que a equipe da novela teve com a forma como a história foi contada. Gabriela destacou a simplicidade e naturalidade que cercam o casal, afirmando que essa abordagem foi determinante para que o público se identificasse. “É raro ver um casal homoafetivo tratado com essa leveza, além do cuidado da equipe em contar essa história de maneira responsável”, ressaltou.
Alanis complementou dizendo que a identificação do público com a narrativa se dá pela sua honestidade e realismo. “É um trabalho muito bem amarrado, com um texto escrito com naturalidade, profundidade e desenvolvimento. O público se reconhece porque é uma história do cotidiano, real, que não foge das questões, mas as trata com honestidade”, afirmou a atriz. De acordo com Alanis, a universalidade do tema do amor é uma das razões pelas quais a história ressoa em diferentes culturas. “O amor é global”, completou.
Vida pessoal das atrizes e seus relacionamentos
Além do sucesso na telinha, Alanis Guillen também vive um relacionamento homoafetivo na vida real. Ela namora a produtora carioca Giovanna Reis há cerca de três anos. Em contraste, Gabriela Medvedovsky prefere manter sua vida pessoal em sigilo e não costuma fazer declarações públicas sobre relacionamentos, buscando a discrição.
O carinho do público e o sucesso do casal Lorena e Juquinha em “Três Graças” mostram que a representação, quando bem feita, pode gerar diálogos importantes e promover a aceitação e o reconhecimento da diversidade nas histórias que contamos. À medida que a trama avança, o impacto e a popularidade do casal devem continuar a crescer, fazendo com que mais pessoas se sintam vistas e representadas nas telinhas brasileiras.
Esse fenômeno traz à tona a importância de contar histórias que, apesar de particulares, conseguem dialogar com a experiência coletiva e universal do amor, provando que a arte é uma poderosa ferramenta de mudança e inclusão social.


