A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal confirmou nesta quinta-feira (16) que encontrou o corpo de Lucinete Freitas, de 55 anos, morta na região da Amadora. A suspeita do homicídio é uma brasileira de 43 anos, que foi detida após investigação que revelou indícios do crime, ocorrido por motivo fútil.
Investigação e localização do corpo
Segundo a PJ, o cadáver de Lucinete foi deixado em uma área erma, coberto com objetos para ocultar o local do crime. A vítima estava desaparecida desde 5 de dezembro, quando parou de responder mensagens e chamadas após visitar um imóvel no Algarve. A polícia informou que, após trabalho intenso, conseguiu reunir elementos que levaram à identificação, localização e prisão da suspeita.
Suspeita brasileira de 43 anos
A detida, de 43 anos e nacionalidade brasileira, é considerada forte indício da prática de homicídio qualificado. Ela foi presa e deve ser apresentada ao tribunal para o primeiro interrogatório, onde serão decididas as medidas judiciais cabíveis. “A suspeita está sob custódia, enquanto as investigações continuam,” afirmou a PJ.
Casos anteriores e contexto familiar
Lucinete trabalhava como babá na cidade de Amadora, na região metropolitana de Lisboa. Seus contratantes alertaram a polícia após seu desaparecimento. Seu marido, José Teodoro, de 41 anos, que permanece no Brasil, afirmou que tentou recuperar o passaporte para acompanhar o desenrolar do caso. Ele contou que seu pedido foi aprovado, mas que ainda não conseguiu viajar devido ao custo da passagem.
José também revelou que tentou buscar ajuda na Polícia de Segurança Pública, no consulado e na embaixada do Brasil em Lisboa. “É tudo muito protocolar, mas estamos lidando com uma vida,” disse ele, preocupado com o bem-estar de Lucinete.
O desaparecimento de outras brasileiras em Portugal
Lucinete é a segunda brasileira desaparecida em Portugal nos últimos meses. Francisca Maria Santos, de 44 anos, foi vista pela última vez em junho e seu paradeiro permanece desconhecido. O irmão de Francisca, Antônio José, esteve em Portugal ajudando nas investigações e lamentou a demora na resposta inicial, além da falta de detalhes nas buscas realizadas pela polícia.
José, que também é artista plástico, relatar que a polícia fez buscas na casa do companheiro de Francisca e que mensagens e e-mails dela teriam sido apagados de seu computador, o que dificultou as investigações. Segundo ele, chegou a sofrer chantagem de um suposto sequestrador durante o processo.
Perspectivas futuras
A Polícia Judiciária confirmou que realizou diligências e que a suspeita será ouvida em breve para esclarecer os detalhes do crime. Este caso evidencia a vulnerabilidade de brasileiros que vivem no exterior, especialmente em situações de imigração e deslocamento.
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