Brasil, 19 de dezembro de 2025
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Maria Luísa Rogério e a importância do jornalismo ético na África

Nos dias 2 e 3 de dezembro de 2025, o Comité Executivo da Federação Internacional dos Jornalistas se reuniu em Bari, no sul da Itália, para discutir a atuação e os desafios da profissão no cenário atual. Entre os membros do comitê, destaca-se Maria Luísa de Carvalho Rogério, presidente da Comissão de Carteira e Ética de Angola, que defende a ideia de que comunicar é, essencialmente, construir pontes entre as pessoas, reunindo esforços em prol de um desenvolvimento sustentável e do bem comum.

A visão de Maria Luísa sobre o papel da comunicação

Maria Luísa Rogério é uma comunicadora comprometida com o serviço público e uma voz ativa na promoção de um jornalismo ético e responsável em todo o continente africano. Para ela, é fundamental que os jornalistas sejam preparados não apenas tecnicamente, mas também para serem sensíveis às diversas realidades sociais, culturais e políticas da África. “Defender a liberdade de imprensa e a dignidade da profissão jornalística é essencial”, afirma Rogério, que acredita que o jornalista deve ser um construtor de paz e reconciliação.

Em entrevista recente à plataforma Media Vaticano, Maria Luísa compartilhou suas experiências na cobertura de conflitos armados em Angola e nas eleições gerais da República Democrática do Congo. Para ela, esses eventos fortaleceram sua convicção de que é necessário dar voz a comunidades, mulheres, jovens e crianças, aqueles que frequentemente são as primeiras vítimas de crises. “É preciso partir pedras em busca de respostas que garantam resiliência e comuniquem esperança”, destacou.

Jornalismo como ferramenta de paz e reconciliação

Durante a sua entrevista, a jornalista enfatizou a importância do jornalismo ético como ferramenta para curar memórias e fomentar discursos de paz e reconciliação em um continente que enfrenta desafios históricos, como conflitos e desigualdades. “O jornalismo pode reconstruir a confiança entre as pessoas e favorecer a coesão social”, disse Luísa, alertando que a desinformação e o sensacionalismo podem exacerbar tensões e até provocar conflitos, como ocorreu na tragédia de Ruanda.

Maria Luísa também mencionou o papel da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) na promoção da solidariedade internacional entre jornalistas e sublinhou que a liberdade de imprensa deve andar de mãos dadas com a responsabilidade moral. Para ela, “informar é fazer caridade com a verdade”, ressaltando a importância de rejeitar a desinformação e o discurso do ódio.

Capacitação contínua e cidadania crítica

Rogério destacou a necessidade urgente de capacitação contínua dos jornalistas, de forma a equipá-los para responder aos desafios contemporâneos, como as fake News e a polarização da informação. “O jornalismo é um bem público e deve se pautar pela ética e pela verdade”, ressaltou. Segundo ela, um jornalismo bem fundamentado contribui para contrabalançar os efeitos negativos da desinformação e promove a conscientização crítica da cidadania.

A presença de Maria Luísa Rogério na Media Vaticana é um lembrete poderoso de que o jornalismo, quando exercido como uma vocação, pode ser um serviço valioso à verdade e à esperança. Ela defende que o jornalismo deve estar orientado para a reconciliação e servir de ponte para um diálogo global, especialmente num continente dinâmico e jovem como a África, que está constantemente construindo o seu próprio futuro.

Ouça a entrevista com Maria Luísa Rogério

Com um olhar atento às narrativas africanas e o compromisso de informar com responsabilidade, Maria Luísa Rogério continua a inspirar jornalistas no continente e a contribuir para uma comunicação que verdadeiramente edifica e promove a paz.

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